quarta-feira, 2 de julho de 2014

Resposta Argentina aos tribunais Americanos.




Caríssimos,

Informamos mais uma vez que não concordamos nem aceitamos a decisão do tribunal dos EUA.
Os estados Unidos são 1 país livre e democrático e a presidente da Argentina deslocar-se-á sempre que for solicitada por tribunais Americanos ou de qualquer outro país democrático.

Sempre que a Argentina estiver no banco dos réus será SEMPRE representada pelo(a) Presidente.

Nunca confundir representação institucional com legitimidade judicial…

A Argentina através da sua presidente deslocar-se-á aos EUA ou a qualquer outro país em representação da Argentina mas não reconhece LEGITIMIDADE a qualquer tribunal que não seja Argentino.

No limite a Argentina reconhece legitimidade a qualquer tribunal Internacional ou aos tribunais Argentinos, sendo que o tribunal Internacional tem de existir no seio das Nações Unidas.

A Argentina não pretende mudar a lei Americana, se a lei Americana condena a Argentina e a obriga a pagar aos fundos especulativos a totalidade da dívida isso é problema Americano e dos seus tribunais.

A Argentina informa igualmente os EUA que NÃO VAI RENEGOCIAR A DÍVIDA detida pelos fundos especulativos.

Para renegociar qualquer coisa é necessário que as conversações tenham terminado e não terminaram, dizendo a Argentina agora o que sempre disse, a porta está e estará sempre aberta, a divida de 2001 era e será impagável e foi restruturada.

É Internacionalmente aceite que quando 1 país obtém aprovação de 93% dos credores para reestruturação da dívida essa dívida foi reestruturada com sucesso, independentemente de não existir acordo com 100% dos detentores, 9 em 10 significa sucesso.

A Argentina vai continuar com os pagamentos a 93% dos credores que aceitaram a reestruturação da divida com corte superior a 70% e mantem as mesmas condições para quem ainda não aceitou a proposta.

A porta está e estará aberta quando aceitarem a Argentina iniciará os pagamentos.

Se os bancos Americanos não executam a transferência do pagamento realizado pela Argentina aos seus credores por ordem judicial Americana isso não é nem nunca foi um problema Argentino.

Se algum dos credores que aceitou a reestruturação pretender receber o combinado por bancos fora dos EUA é só informar que a Argentina passará a pagar por outro banco.

Até informação em contrário a Argentina continuará a honrar os compromissos acordados com os seus credores, de acordo com a Lei Argentina e a Lei Internacional, sendo alheia às decisões dos tribunais Americanos.

Melhores cumprimentos


Cristina Kirchner

2 comentários:

Anónimo disse...

À Cristina ainda não faltou nada lá em casa, já a argentina média não pode dizer o mesmo... No fundo não é muito diferente do que se passa com o Maduro, com o querido líder na Coreia, e por aí fora, e os respectivos povos.

O Portugal Bipolar disse...

Com o estoiro do BES qualquer acordo com mais de 50% dos credores, será aceite e vinculativo internacionalmente.
A Argentina chegou a acordo com 93% dos credores e isso não é aceite??? Só mesmo nos Estados Unidos...
Que vergonha!