quarta-feira, 25 de maio de 2016

O bem comum e as 35 horas de trabalho no País das Maravilhas.



Portugal é um país bipolar, não é a 1ª vez que o sinto, não será certamente a última.

As 35 horas de trabalho semanal para funcionários públicos está na ordem do dia.

São os chamados direitos adquiridos, que foram suprimidos pelo anterior governo, que agora estão em causa.

Quando em 2011 o estado assumiu que estava sem dinheiro, pedimos ajuda internacional.
Desde 2011 perdemos perto de 400.000 postos de trabalho e ganhamos 200.000 novos emigrantes.

Será mais importante para Portugal devolver os cortes a 600.000 funcionários públicos e reduzir para 35 horas o seu horário de trabalho ou recuperar os empregos perdidos?

Em 2011 foi o estado que faliu, era o estado que não tinha dinheiro para pagar os seus compromissos.

Se no final de 2015 ainda com todos os cortes aplicados a funcionários públicos Portugal recebeu menos 6.000 milhões do que teve de pagar, alguém acredita que é com reposições salariais e um menor horário de trabalho que resolvemos os problemas do país?

Acreditar nisto só está ao alcance dos F. Públicos!

Não sei, não quero saber, estou-me nas tintas! É assim que a maioria responde, o importante é o meu umbigo! Os meus direitos adquiridos!

·        Não são avaliados, ou quando são, são todos Bons; Muito Bons ou Excelentes.

·        Antes do congelamento de carreiras, as promoções de escalão eram de 3 em 3 anos.

·        Aumentos acima da inflação independentemente da produtividade ou meritocracia.

·        Emprego garantido até à reforma.

·        Greves com fartura.

Resumindo, somos todos iguais, 600.000 Lords e perto de 4 milhões de Bastardos que trabalham por conta de outrem, mas esses, não tem direito a nada.

Engraçado, cada um, cabisbaixo, defende o seu quintal, sonhando baixinho:
 - Isto para mim vai resultar, para os restantes…
 - Não sei, não quero saber, estou-me a cagar!

Olhando para a constituição e para o seu artigo XIII fico perplexo, somos todos iguais!

No meio de tanta igualdade é permitido a 3 centenas de estivadores porem em risco milhares de empresas exportadoras e respectivos postos de trabalho.

É igualmente constitucional 2.500 trabalhadores dos transportes públicos em Lisboa, condicionarem a vida a perto de 2.5 milhões de pessoas, que circulam diariamente na capital.
Perto de 500 maquinistas são suficientes para paralisar a ferrovia do país.

Tudo isto é constitucionalmente garantido, incluindo ir à bancarrota por 3 vezes! 

Caminhamos felizes, sabendo que não enganamos ninguém, mas será necessário mais que isso para pararmos de tentar.

·        Mandamos postais de RSF para os desempregados, esperando que metade já nem responda, para melhorar os números do desemprego.
·        Tornamos as avaliações de final de ciclo tão fáceis para o 9º ano, que bons alunos do 6º, teriam certamente positiva.
·        Temos 1 milhão de mortos inscritos nos cadernos eleitorais porque dá jeito na distribuição de verbas às autarquias.
·        Temos Campeões de futebol com 25 vitórias nas ultimas 26 jornadas do campeonato, penalti contra no dia 1 de Abril e jogando em inferioridade numérica só na penúltima jornada.
·        Temos a CGD que reconheceu 8.5 milhões de euros em imparidades sem se saber como nem porquê, só sabemos que necessita de mais milhões e que todos os seus gestores foram optimos! Todos com reformas milionárias, de acordo com os estatutos e certamente com a constituição da republica.


Carlos Pacheco, estou contigo, Portugal o País das Maravilhas!

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