terça-feira, 30 de outubro de 2012

O.E. 2013 - a refundação de 1 país?


O debate vai ser feito sobre brasas, sendo inúmeras as teorias.
Onde cortar?

- Nas rendas excessivas da energia (produção e distribuição), não!
- Nos privilégios da Galp? Não!

- Nas PPP’s? nem pensar, isso afetava bastante os bancos!
- Nas autarquias? Onde temos 9.134 Presidentes com tudo o que os rodeia? Não, temos eleições autárquicas em 2013, não é a melhor das alturas!

- Será nas Fundações, Institutos e Empresas Municipais, esses viveiros de BOYS espalhados por todas as regiões Portuguesas? Não, isso é intocável!

Independentemente da aprovação ou não do O.E. 2013 o caminho foi traçado.

É 2013 o ano da refundação do país, o ano da renegociação da dívida, o ano em que devemos mudar a maneira como nos governamos.
Estamos preparados como país para o que ai vem?

- Não me parece…
O que vamos ter é desemprego a rondar os 20%,

Falências em catadupa e, claro, não vamos atingir as metas impostas de dívida e défice.
Porquê?

- isso até o meu filho responde…porque a meta de 1% de contração é irrealista.
- Porque a previsão de 16.4% de desempregados dá vontade de rir.

- Porque a previsão de receitas para 2013 com este brutal aumento de impostos só funciona em Excel e no país da fantasia.
Resumindo, se “a coisa” correr menos mal chegaremos ao final de 2013 a dever 125% do PIB e em 2014 já fora do “apoio” TROIKANO estamos contentes e felizes a obter financiamento da dívida a bons preços?

Será isso?
Só pode ser, se em final de 2012 a dívida é de 200 mil milhões de Euros, se em final de 2013 de 210; 209; 208; ou 207 MM€, consoante “a coisa” corra,  bem; muito bemhíper-bem ou MEGA bem, claro que em 2014 os investidores até vão fazer bicha para nos emprestar dinheiro a bons preços!

Não é?
Claro que sim!

Deixando o mundo da fantasia e voltando a Portugal.
Como aqui foi dito vezes sem conta em 2010 e 2011 a renegociação da dívida é fundamental.

Todos os nossos financiadores já entenderam que nunca na vida pagaremos a totalidade do que devemos, é por isso que eles cá estão a “ajudar”…
Só temos de falar claro, mas o mais importante é mudar de vida, eliminar mais de 50% dos “representantes do povo” e companhia que prolífera em tudo o que gravita em volta do estado.

Sem isso, discussões sobre a permanência ou não no €uro, não se justificam.
Seja qual for a moeda, se Portugal não mudar a maneira como se governa o destino é e será negro!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Carta aberta a João Pinto e Castro.


 Caro compatriota,
Quando afirmas que “Uma opinião pública inquinada por falsidades ou meias verdades não está em condições de formar um juízo válido sobre as alternativas políticas que lhe são propostas.”

Eu não poderia estar mais de acordo, mas quando pessoas como tu, tentam elucidar a opinião dos Portugueses, pessoas como eu, quando sobra tempo lá vão respondendo em carta aberta.

Sabes, é que eu até tenho a mania de pensar pela minha cabeça, desculpa lá qualquer coisinha.
Só tenho a 4ª classe, mas inspirado no Relvas até estou a trabalhar uma tese de doutoramento.

Vamos lá falar de números…
1 - Para começar, 47% da chamada despesa pública de 2011 consistiu em transferências, ou seja, redistribuição de recursos que o estado opera de uns cidadãos para outros, incluindo pensões e outras prestações sociais. Não é pois verdade que o estado se aproprie de metade da riqueza do país, visto que metade dessa metade é devolvida às famílias.

Resposta – Meu caro, vamos lá olhar para as reformas e prestações sociais.
1º - Se é verdade que todos os reformados descontaram para as reformas que recebem, não é menos verdade que qualquer português nascido neste milénio para os mesmos descontos dos atuais reformados var receber perto de metade da reforma.

2º - Aplicando o princípio da igualdade (artº XII da constituição) todos os cidadãos são iguais perante a lei, vamos lá reduzir esses 47%.

A – Todas as reformas são intocáveis até 750€.
B – Todas as pensões de valor superior a 750€ passam a descontar o mesmo que qualquer cidadão que esteja a trabalhar.

C – Todos os cidadãos que se reformaram com menos de 65 anos vão ter uma penalização na sua reforma, calculada até aos 80 anos de vida (exceto exemplo A).
D – Todos os cidadãos vão ter direito a 1 só reforma, não acumulável, sendo igualmente suspensas todas as reformas atualmente atribuídas a pessoas no ativo com menos de 65 anos.

E – Estando Portugal tecnicamente falido, nenhum direito adquirido se pode sobrepor ao Artº XII da Constituição.

E assim os famosos 47% passam rapidamente a 40%...
Continuando…

2 - As despesas de funcionamento das administrações públicas (salários mais consumos intermediários) representam 39% dos gastos totais. Porém, como abrangem a produção de serviços como a saúde, a educação ou a segurança, a verdade é que o custo da máquina burocrática do estado central se fica pelos 12 mil milhões (15,5% da despesa pública ou 7,2% do PIB). As gorduras do estado são afinal diminutas.

Resposta – É de lamentar a displicência com que se fala de verbas de 12 mil milhões, mas vamos por partes, onde se pode cortar nas gorduras…

1º - Será que um país como Portugal necessita de 9134 Presidentes? (Pres. C.M.; Pres. J.F.; Pres. Assembleia C.M. e Pres. Assembleia J.F.).
Vendo bem, Braga é responsável por 1.058 Presidentes (14 Pres. C.M.; 14 Pres. Assembleia Municipal; 515 Presidentes de J.F. e 515  Pres. Assembleia de J.F.) tudo isto para 850 mil habitantes.

Ora como os Presidentes não andam sozinhos temos de acrescentar mais de 2.116 Secretários; 1.058 Tesoureiros, perto de 100 Vereadores e mais de 10.000 deputados eleitos nas Juntas de Freguesia e Camaras Municipais, tudo “representantes do povo”.
Facilmente é aqui retirado 5% de Gordura que corresponde ao financiamento camarário em sede de IRS.

3. Os juros da dívida pública deverão absorver no próximo ano 5% do PIB. É imenso, mas em 1991 chegaram aos 8,5%.

Resposta – Pelo simples facto de todos os Portugueses, trabalhadores, terem sido encavados com 8.5 cms em 1991, não é justo depreender que em 2012 todos os Portugueses Trabalhadores e Reformados fiquem satisfeitos com encavadelas a rondar os 5 cms…
Meu caro, uma encavadela é sempre uma encavadela e o meu apelido não é Castelo Branco!

4. O estado português foi recentemente obrigado a corrigir as suas contas incluindo nelas défices ocultos em anos anteriores, o que teve como consequência um aumento brusco da estimativa da dívida pública acumulada. O curioso é que essa dívida escondida foi praticamente toda contraída até 1989. Logo, as revisões recentes emendam falhas cometidas há muitíssimos anos.

Resposta – Isto já é demais! Ao ouvir tão nobres palavras até fico convencido que em Portugal não existem esqueletos escondidos nos armários.
Se na madeira foi o que se viu…entre municípios falidos, empresas municipais e afins muito falta ainda descobrir…

Não existe coragem para tornar públicos todos os contratos com PPP’s, pagamentos a fundações, institutos, empresas municipais, tudo isto são viveiros de BOYS e Rios de dinheiro …
E os esqueletos! Só um demente pode afirmar que não existe gato escondido, a madeira é apenas uma das nossas 20 regiões…

5. A despesa pública em proporção do PIB atingiu um máximo em 1993 (46%), depois desceu ligeiramente e só voltou a esse nível, superando-o inclusive, na sequência da crise financeira mundial declarada em 2008. O país sabe conter eficazmente despesa pública, tanto mais que já o fez no passado.

Resposta –Tudo pode ser resumido a percentagens, mas se eu comer 2 frangos e tu nenhum, em média comemos 1 frango cada um…Eu estou de barriga cheia e tu cheio de fome!
Pior, ao gastar 30%; 35% ou 46% do PIB não é adquirido que seja bem aplicado, “quando se atira dinheiro para um problema, algo desaparece e não é o problema…”
6. O défice das contas públicas atingiu o seu máximo absoluto, segundo o Banco de Portugal, em 1981 – um legado de Cavaco Silva ao segundo governo da Aliança Democrática. Nunca mais se viu nada assim.

Resposta – Voltamos a falar de encavadelas e cms?
Julgo que estamos conversados…

7. Em 1986, o sector público absorvia 71,7% do crédito total à economia. Em pouco mais de uma década a situação inverteu-se totalmente, de modo que, em 1999, as empresas e as famílias já absorviam 98% do crédito disponível. A economia não está hoje abafada pelo estado.
Resposta – Voltamos a falar da qualidade dos investimentos, as empresas e famílias absorviam 98% dos empréstimos!

Verdade, os particulares para comprar casa própria e pouco mais.
E as empresas?

-As empresas foi para empresas públicas; municipais; municipalizadas ou afins,  foi para empresas a atuar em mercado protegido, obrigando Portugal em peso a pagar mais, por produtos ou serviços.
- Em Portugal para obter empréstimos chorudos o importante é o apelido e/ou filiação partidária, as boas ideias, os bons projectos nunca foram uma prioridade de investimento, com os resultados que se conhecem

8. À data da entrada na CEE, o financiamento externo da economia representava apenas 14% do total. Em resultado da privatização da banca, a captação de recursos financeiros no exterior decuplicou entre 1989 e 1999 e a dívida pública passou a ser financiada esmagadoramente pelo estrangeiro. As instituições financeiras contribuíram para uma entrada líquida de fundos externos equivalente a 6,8% do PIB nesses anos. As responsabilidades dos bancos face ao estrangeiro passaram de 49% do PIB em 1999 para um máximo de 96% em 2007.

Resposta – Se é verdade que as instituições financeiras contribuíram para uma entrada líquida de fundos, não é menos verdade que o credito concedido por estas instituições ou era para ser aplicado por particulares em habitação própria, ou era para empresas na esfera estatal, ou para grandes empresa que funcionaram em regime de monopólio, nada foi aplicado nas novas ideias/empresas…
Durante anos houve guerras entre bancos e empresários para controlar empresas olhando apenas para este pequeno mercado.

Na SECIL a guerra resultou no domínio brasileiro e no desmantelamento do grupo.
No BCP os resultados são igualmente famosos… empresários falidos, empresas sem liquidez, tudo com o real patrocínio da CGD…

9. A baixa das taxas de juro decorrente da integração no euro propiciou a rápida expansão do crédito. Mas o investimento baixou em sete dos onze anos que terminaram em 2010 (variação acumulada de -20%), ao passo que o consumo privado só desceu num ano (variação acumulada de 19%). Quando havia dinheiro a rodos, o sector privado não investiu. Convém investigar porquê.
Resposta: O Sector privado investiu, mal mas investiu!

Acaba por ser o acumular de erros e os maus investimentos (Públicos e Privados) que nos fazem atualmente ter a companhia da TROIKA trimestralmente…
10. Também o investimento público foi baixando progressivamente até aos 3% do PIB em 2008. Em 2009 subiu um pouco, ficando ainda assim abaixo dos máximos do início da década. Como é possível continuar-se a invocar o excesso de investimento público para explicar as presentes dificuldades financeiras do estado?

Voltamos a falar displicentemente sobre verbas superiores a 5 mil milhões de euros (2008), esquecendo que se um país durante uma década aplicar 3% do PIB em obras de fachada sem retorno financeiro, passados 10 anos teremos mais 30% do PIB em dívida, a que devemos somar os juros, e como as obras foram de fachada (3 autoestradas Lisboa-Porto entre muitas outras loucuras) o que sobra são dívidas!
E muitas, paletes delas, diria eu…

E devemos pagar estas loucuras todas com juros de 15% ou mais?
Julgo que não.

Nota: Para o PIB de 160 mil milhões em 2011 (5%) representa 8 mil milhões.
10 anos de mau investimento com este PIB representam 80 mil milhões, verba superior ao empréstimo TROIKANO…

11. As despesas do estado com pessoal caíram consistentemente em proporção do PIB a partir de 2002. O tão polémico aumento dos salários dos funcionários públicos em 2009 teve um impacto insignificante nas contas públicas. Em contrapartida, as prestações sociais passaram de 14% para 22% do PIB entre 2003 e 2010, sendo responsáveis por 95% do aumento da despesa corrente primária do estado entre 1999 e 2010.

Resposta – Enquanto não houver coragem para afirmar que Portugal tem funcionários públicos a mais, tem representantes do povo a mais, tem associações a mais, fundações a mais, institutos a mais, enquanto não existir um grito em uníssono CHEEEEEEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Isto não muda!

100 mil funcionários a mais ganhando em média 1.000€ são 100 milhões de euros por mês que se poupava em impostos sobre todos os portugueses, que em números redondos estamos a falar de 5 milhões de trabalhadores e 3 milhões de reformados…

Nota: Antes de qualquer funcionário publico ser despedido, Portugal deve reorganizar administrativamente o seu território despedindo milhares de presidentes, vereadores, tesoureiros secretários e deputados (municipais e de J. Freguesia).
Julgo que no final teríamos 2 a 3 eleitos despedidos por cada funcionário publico dispensado, mas isto é apenas um sentimento, tão intenso que até cheira!

12. Desmentindo a ideia de que as metas acordadas com a União Europeia nunca se cumpriram, os objectivos dos PECs entre 2006 e 2008 foram sempre confortavelmente atingidos, sem recurso a receitas extraordinárias, no que respeita a receitas, despesas, défice e dívida pública.
Resposta – Para alguém que entra de peito cheio afirmando que devemos elucidar a opinião pública isto é demais!

1º- Não existe nenhum ano neste milénio sem receitas extraordinárias para compor o ramalhete no final do ano!
2º- O último ano em que Portugal deu lucro foi em 1974… se todos os anos o país dá prejuízo onde vamos buscar os míseros 3% do PIB para investir em obras descabidas?

-Pedimos emprestado ao juro (X)
E quando passado uma década a investir os míseros 3% do PIB com dinheiro emprestado em obras sem retorno financeiro nos pedem o dinheiro de volta? O que fazemos?

Pois, estamos onde estamos…
13. As medidas selectivas de combate à recessão em 2009 ascenderam a apenas 1,3% do PIB (quase metade pagos com fundos comunitários). O grande aumento do défice nesse ano deveu-se no essencial à quebra em 14% das receitas fiscais e ao crescimento das prestações em decorrência do agravamento da situação social. Acresce que esse aumento não se desviou significativamente do observado no resto da UE.

O País deve obrigatoriamente ser pensado a 20 ou 30 anos!
Eu, neste cantinho reservei a TAG “ O senhor dos Anéis”.

No fundo é olhar para Portugal 2030, como poderia e deveria ser, não está acabado, longe disso, são apenas propostas para discussão geral.
Eu sei que seria mais fácil adotar frases tipo “Que se lixe a TROIKA”, mas neste cantinho não se procura o caminho fácil.

14. Cada um dos pontos anteriores contraria directa e taxativamente uma ou mais alegações quotidianamente escutadas nas televisões, nas rádios, nos jornais e, por decorrência, nos cafés e nos transportes públicos. Uma opinião pública inquinada por falsidades ou meias verdades não está em condições de formar um juízo válido sobre as alternativas políticas que lhe são propostas. Nestas condições, não admira que cresça descontroladamente o populismo e se degrade a qualidade da democracia.

Resposta – sendo juiz em causa própria, vou apenas afirmar que O Portugal Bipolar é um espaço aberto a todos e a todas as opiniões fundamentadas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Agricultura – DGADR

A agricultura em Portugal tem exatamente os mesmos problemas que os municípios Portugueses.

Portugal importa tudo o que consome, não é autossuficiente em nada.
Os poucos produtos onde estamos quase a atingir uma produção igual ao consumo são O Azeite, Vinho, Leite e tomates, mais nada, NADA!

Mas institutos e afins temos para dar e vender…
Olhando mais atentamente para a D.G.A.D.R. reparo que é aqui que encontro as classes de capacidade de uso dos solos.


É igualmente aqui que encontro a Carta de aptidão da terra para uso agrícola e a Carta de aptidão da terra para uso florestal.
 
Finalmente tudo faz sentido, os impostos são pagos por todos mas o trabalhinho já foi feito.

Tenho de pagar novamente?
É demais!

Para analisar as cartas a Carta de aptidão da terra para uso agrícola e a Carta de aptidão da terra para uso florestal junto á barragem do Monte da Rocha tenho de pagar tipo 1.000€.
O trabalho está feito, foi feito por F. Públicos que receberam dinheiro pelo trabalho realizado (dinheiro que foi cobrado a todos os Portugueses através dos impostos).

Então e agora tenho de pagar novamente? E ainda tenho de assinar um termo de responsabilidade?
Porquê?

Qual a razão para o trabalho não estar publicado online em suporte informático?
Se o trabalho está feito, se pode ser útil a Portugal, deve ser público!

Existe o medo dos espanhóis pegarem nos nossos mapas agrícolas e invadirem Portugal?
Se for para plantar terrenos vamos a isso!

Só para o conselho de Ourique necessito das cartas nºs. (537; 539; 546; 547; 554; 555; 562; 563; 570 e 571).
Está tudo bem organizado para explicar ao mentecapto Presidente da C.M. de Ouriqueque investimentos de 230 milhões de €uros em hotéis e campos de golfe não fazem sentido nenhum e que poderemos com esse dinheiro desenvolver a agricultura do conselho, necessito de comprar 10 cartas de aptidão da terra para uso agrícola e 10 Cartas de aptidão da terra para uso florestal.

Ridículo!
Não falando ainda dos representantes dos agricultores, são associações; confederações entre outras formas de associativismo com as respetivas benesses fiscais.

Temos o Ministério da Agricultura, com toda a sua estrutura de apoio aos agricultores, com institutos e direções Gerais, o mais engraçado é que sempre que oiço falar em Direção Geral, lembro-me sempre que por cada Direção Geral existem muitas Direções Sectoriais/Regionais, tudo com os respetivos presidentes e afins, a bandalheira é total, igualzinho ao nosso ordenamento territorial.
Portugal está na merda e não faltam representantes do povo!

A Agricultura anda pelas ruas da amargura e não faltam representantes dos agricultores.
No nosso Ministério da Agricultura, o ministério do Mar (pescas) da Terra (agricultura) e do ar (ambiente) temos como estrutura de apoio diversos organismos que passo a citar…

1.      A.P.I.F. – Agencia de prevenção de incêndios florestais.
2.      A.P.A. – Agencia Portuguesa do Ambiente, IP.
3.      D.G.A.D.R. – Direção Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.
4.      D.G.A.V. – Direção Geral de Alimentação e Veterinária.
5.      D.G.R.M. – Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.
6.       D.G.A.P. – Direção Geral de Agricultura e Pescas, coordenando as seguintes direções…
·        DRAP_Lisboa e vale do Tejo.
·        DRAP_Algarve.
·        DRAP_Centro.
·        DRAP_Norte.
·        DRAP_Alentejo.
7.      G.P.P – Gabinete de Planeamento e Politicas.
8.      I.G.A.P. – Inspeção Geral de Agricultura e Pescas.
9.      I.C.N.F. – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, IP.
10. I.F.A.P. - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas.
11. I.P.I.M.A.R. – Instituto de Investigação das Pescas e do Mar
12. I.N.R.B. – Instituto Nacional de Recursos Biológicos.
13. I.V.D.P. – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
14. I.V.V. – Instituto da Vinha e do Vinho
15. L.N.I.V. – Laboratório Nacional Investigação Veterinária.
16. D.G.R.F. – Direção Geral de Recursos Florestais
17. S.N.C. – Serviço Nacional Coudélico
 
É uma vergonha…

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O.E. 2013 – a anedota.


Se meio mundo não acreditava ser possível cumprir o O.E. de 2012, chegamos ao dia de apresentação do O.E. de 2013 e nem quem o apresenta acredita na sua viabilidade.
É o fim da linha!

O Orçamento de Estado está morto e enterrado antes de ser apresentado.
E por aqui andamos, com manifestações em que a frase bandeira é “Que se lixe a Troika!?!?”.

Soluções ZERO, o PS já esfrega as mãos, é só deixar arder mais 1 aninho e já está!
Aconselho vivamente o vídeo Votar nos gatos brancos ou votar nos gatos pretos.

É um vídeo sobre a vida dos ratos e sobre a maneira como esses mesmos RATOS se governavam e as opções de voto que tinham (5 min.)…
E assim anda Portugal a ser governado, ora agora estás lá tu, ora depois estou lá eu e de seguida estás lá tu mais eu.

A receita não estava errada, a receita resultaria se desde o início o brutal aumento de impostos fosse acompanhado de igual contenção nos gastos do estado.
Não foi, tudo isso foi empurrado com a barriga, relvas department…

Foi cócegas nas PPP’s, nas elétricas, nas fundações e institutos, enfim é tudo tratado pela rama, chutam números cá para fora sem nunca explicar e publicar online, TODAS as fundações e Institutos que existem em Portugal, quanto recebem e o que fazem com o dinheiro.
É a reforma autárquica, onde temos 9.134 presidentes??? (C.M.; J.F. e Assembleias).

Dos 308 municípios 220 representam menos de 30.000 almas, 180 representam menos de 20.000 almas e 115 menos de 10.000 almas, tudo isto num país com 10.6 milhões de habitantes!
Nos 220 municípios com menos de 30.000 habitantes, é conveniente referir que pouca população não significa (de todo) poucos representantes do povo…

Pode faltar muita coisa nas muitas zonas deprimidas de Portugal, mas não faltam representantes do povo, é isto que também tem de mudar.
Pois o orçamento de estado que hoje será apresentado traz apenas uma garantia, e essa é um desvio colossal entre as previsões de receita e a realidade!

Nada de novo, portanto entre o O.E. de 2012 e o O.E. de 2013!
Entre greves e manifestações várias, sobra o descontentamento, faltam as alternativas.

Em dia de apresentação do O.E. ficam 12 medidas que no mínimo permitia manter os impostos em 2013 ao nível de 2012.
São caminhos, cada um escolhe o seu.

Portugal mais cedo ou mais tarde, por autoiniciativa ou empurrado acabará por escolher, a ver vamos, já dizia o cego…

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Carta Aberta ao Presidente da Câmara municipal de Ourique – Vamos falar de Agricultura?


 Olá Sr. Presidente, o meu nome é João e gostava de lhe falar um pouco sobre agricultura.
Desculpe lá qualquer coisinha, eu sei que estou a meter a foice em seara alheia, mas…sabe….é que… como contribuinte estou farto de pagar impostos e o projeto PIN aprovado por Vossa Excelência não lembra ao Diabo!

Já sei…vão vir charters de camones! Tudo cheio de vontade de jogar golfe a olhar para uma barragem de pequeno porte…

Será isso?
Vamos lá fazer umas contas de 2+2, pode ser?

Cada hotel tem capacidade para 300 pessoas, mais 100 do aparthotel e das 700 vivendas, vamos considerar 2 pessoas por vivenda.
Temos lotação esgotada com 2.100 pessoas, todos a pagar forte e feio para ter o privilégio de jogar golfe no meio do Alentejo, junto a uma barragem.

Terá lugar assegurado no circuito internacional de golfe e tudo.
Sr. Presidente, vamos lá descer à terra e falar de Agricultura.

O Sr. Presidente sabe que se pode plantar nos 502 Hectares reservados ao “resort”?
Sabe o que é plantar?

- Aquela coisa que se faz à terra para que ela dê frutos e tal…
O Sr. Presidente já ouviu falar de Olival ou de Vinha?

Porquê?
- Porque são das plantações que menos água consomem e maior rentabilidade podem apresentar, porque podem ser vendidas em fruto ( Uvas e Azeitonas) e podem ser transformadas (Vinho e Azeite)?

Já ouviu falar de azeite e vinho?
-menos mal…

Não falando em olival super-intensivo, por respeito à terra e por entender que a longo prazo não apresenta vantagens.
Mas, vamos falar de olival! Sim, porque não?

O Sr. Presidente sabe que o olival intensivo suporta 300 a 600 oliveiras por ha?
Sabe que cada oliveira produz 20 kg de azeitona, que por sua vez dão para 4 litros de azeite?

Sr. Presidente, já reparou que em 502 ha de terreno pode plantar 301.200 oliveiras?
Já reparou que essa área pode produzir mais de 1 milhão de litros de azeite, todos os anos, durante 150 anos?

Desculpe mas eu julgo que o dinheiro dos meus impostos deve ser bem aplicado e não contando com charters de camones preferia projetos que não descaracterizem o Alentejo e não seja dinheiro deitado á rua.
O Sr. Presidente já reparou que estamos a falar de 1.5 milhões de Euros todos os anos, durante mais de 1 século?

E vinha?
O Sr. Presidente sabe que 1 ha de terreno produz 4.000 a 5.000 kg de uvas?

Sabe que cada 15 kg de uvas dão para produzir 10 litros de vinho?
Já reparou que os mesmos 502 ha dão para produzir 2 mil toneladas de uvas?

Sr. Presidente, 2.000 toneladas de uvas, estamos a falar de qualquer coisa como 1.3 milhões de litros de vinho.
São no mínimo 2 milhões de euros/ano!

Não será mais rentável que esperar por turistas milionários com fetiche de golfe & barragens?
Não se preocupe com o projeto, sabe, é que a TAG “Senhor dos Anéis“ vai entrar na agricultura e nada melhor que terrenos vastos, planos e semiabandonados para começar, e isso o seu conselho tem para dar e vender, sr. Presidente…com todo o respeito!

Vamos lá usar a cabecinha, para variar.
O 1º passo é garantir água do Alqueva ligando a barragem do Roxo á barragem do Monte da Rocha (2015/2017), são 30km (a amarelo).

Para 2012 vamos já dividir os 502 hectares em duas parcelas, uma de 252 ha (vinha) e outra de 250 ha (olival).

No Olival vai plantar 5 espécies com 50 ha cada (Galega; Carrasquenha; Cordovil; Cobrançosa e Verdeal).
Para a vinha vamos reservar 200 ha para 10 castas de tinto (Alicante Bouschet; Aragonez; Afrocheiro; Cabernet Sauvignon; Castelão; Petit Verdot; Syrah;

Touriga Franca; Touriga Nacional; Trincadeira e Trincadeira das Pratas) e 4 castas de branco com 13 ha cada (Alvarinho; Rabo de Ovelha; Siria e Verdelho).
Sabe sr. Presidente, se plantar em 2012 em 2016 terá os primeiros resultados, tanto de uvas como de azeitonas entrando as uvas em 2017/18 em velocidade de cruzeiro, quanto ao azeite só em 2017/18 se poderá obter um rendimento de 40% a 50%, sabe sr. Presidente é que uma oliveira demora 20 anos a atingir a plena produção, mas depois, depois são 130 anos sempre a bombar…

Cordeais cumprimentos de um dedicado contribuinte (tem dias…)

Jony

sábado, 6 de outubro de 2012

Heróis do mar!

Quando eu pensei que já tinha visto tudo…


Quando julguei que a Tugolândia já não mais me surpreenderia…
Chego a 5 de Outubro de 2012 e o espanto é total.

Ver os governantes da Tugolândia, comemorar o feriado da implantação da república fechados no Bunker, cantando o hino nacional com a bandeira ao contrário é demais.

Isto não é Portugal, um circo talvez!

 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Certificados do Tesouro – Investidores patriotas ou kamikazes?

Foi notícia de destaque nos jornais económicos, o governo aumentou as taxas remuneratórias e o resultado foi uma corrida aos balcões dos CTT.

Em Agosto de 2012 foram subscritos 37 milhões de €uros (sendo que descontando os resgates, o saldo líquido foi de 32 milhões de €uros).
Só no dia 31 de Agosto de 2012 deram entrada 12.98 milhões de €uros, é verdade, houve 285 indivíduos que em média subscreveram 45.543€.

A razão de toda esta euforia são as taxas de juro oferecidas, a taxa bruta para quem mantiver o investimento durante 5 anos é de 6.8% e para 10 anos sobe para 7.1%.
Se o estado cobra 25% de taxa liberatória atualmente (IRS) quer isto dizer que o estado está a pagar 6.8% menos 25% a 5 anos e 7.1% menos 25% a 10 anos ou seja, os juros acabam por ficar nos 5.1% a 5 anos e nos 5.325% a 10 anos.

Ninguém no mundo empresta dinheiro a Portugal durante 5 ou 10 anos…
Eu vou repetir… Ninguém no mundo empresta dinheiro a Portugal durante 5 ou 10 anos…

Se ninguém nos empresta dinheiro a essas taxas deve ser por alguma coisa, não é verdade?
A cultura financeira dos portugueses foi testada com perguntas simples numa sondagem recente e 70% dos entrevistados apesar de ter contraído crédito à habitação não sabia o que era o SPREAD.

Este investimento é patriótico e de louvar, nos dias que correm o dinheiro escasseia para todos, estado incluído.
Mas…mas…

Para quem não acredita que Portugal fique no €uro olha para estes investidores e fica no mínimo pasmado.
Se existem pais que ao olhar para milhares de homens a marchar jurem a pés juntos que estão todos com o passo trocado menos o seu adorado filho que marcha corretamente, é igualmente aceitável que existam algumas centenas de portugueses que emprestem dinheiro a Portugal com 5% de juro.

É que mais ninguém no mundo faz isso!
Porquê?

Porque o risco é demasiado alto!
Deu para entender?

Não? Eu explico de outra maneira.
Ninguém empresta dinheiro a Portugal a 5 ou 10 anos porque ninguém acredita que Portugal dentro de 5 ou 10 anos pague!

Com exceção de algumas centenas de Portugueses, os nossos investidores kamikazes…
Claro que o estado honrará os seus compromissos, mas vai pagar em escudos que com a desvalorização deve valer perto de 20% a 30% do investimento inicial.

Não é um mau negócio, investir em euros para passados 5 ou 10 anos receber em escudos e perder entre 70% a 80% do investimento realizado.
Convenhamos que podia ser pior.

Espero estar completamente enganado, mas lá estou eu com o meu mau feitio…
Eu preferia comprar moeda de 4 ou 5 países, guardar tudo bem guardadinho dentro de um cofre da CGD (são 45€/ano) e depois de Portugal sair do Euro, logo voltava a trocar por escudos.

A única diferença era que os poucos milhares guardados em várias moedas valeriam milhões de novos escudos…
É a vida…