sexta-feira, 15 de abril de 2016

A Ilha Graciosa, o belo navio CHEM DAISY e os benfeitores Alemães com Baterias de Lítio.

No belo Anno Domini de 2010 enquanto se discutia a celebração de 1 contrato com a Venezuela para a construção de 2 Navios Asfalteiros alguém teve uma ideia brilhante.

Esta mente brilhante mandou construir 1 navio de transporte de combustível, coisa simples, sem grandes tecnologias de ponta, “a coisa” funciona com 12 depósitos independentes permitindo flexibilidade para transportar diversos tipos de combustíveis.

Como os estaleiros de Viana andavam muito ocupados em guerras politicas, graves e afins a construção do navio com 12 depósitos ficou a cargo dos Estaleiros Cicek Shipyard.

O navio nasceu nos estaleiros Turcos e foi baptizado com o belo nome de “CHEM DAISY”, depois de testes no mediterrâneo, rapidamente entrou ao serviço.

Entre as guerras político-partidárias, onde se confrontavam ministros, governo, oposição, sindicatos e a Administração dos Estaleiros, ninguém foi capaz de se lembrar que Portugal com 9 ilhas necessitava de um navio com vários depósitos, para distribuir diversos combustíveis pelas ilhas.

Ninguém se lembrou não é bem assim, a mente brilhante depois dos testes iniciais rapidamente ganhou concurso em Portugal para distribuir combustível pelas ilhas.

Fenomenal, desde 2011 que o belo navio de “CHEM DAISY” presta esse serviço com 50 viagens anuais, abastecendo 3 a 5 ilhas por viagem (até 200 Abastecimentos). Não sei a que preço…


Nenhum Partido em Portugal olha para isto, e quando olham é para deixar tudo igual.

Na vertente ecológica chegam boas noticias da Ilha Graciosa, depois de anos a olhar o óbvio, chegamos à conclusão que a produção de electricidade nas ilhas é muito cara e a esses preços as renováveis até são competitivas.

O circuito é mais ou menos assim, chegado o petróleo a Sines é transformados e transportado para São Miguel, transbordo e armazenamento, mais administradores para cuidar de tudo. Depois chega o Navio “CHEM DAISY” e em 50 viagens anuais e até 200 abastecimentos, sai de São Miguel distribuindo combustíveis pelas restantes ilhas, com excepção da Madeira e Ilha Terceira que são igualmente abastecidas directamente via Sines. A 6 nós por hora é trabalho para durar o ano inteiro, com descanso ao fim de semana...

Nasce assim o projecto Younicos, aplicado à ilha Graciosa, como primeira lança numa guerra dominada pelo combustível fóssil.


A Empresa é Alemã e o projecto consiste basicamente em:
  •     5 MW de energia eólica
  •     1 MW de energia solar ( ± 200 Seguidores solares Amareleja a 70%)
  •     3.2 MW de armazenamento em baterias de Lítio

Quando concluído responderá por 65% a 70% das necessidades energéticas da ilha.
Temos em Portugal continental mais de 3.000 Torres Eólicas.

Temos 2.520 Seguidores solares na Amareleja e somos o maior produtor de lítio da Europa, o 5º do mundo, mas as baterias são Made in Alemanha.

Compram os calhaus a Portugal, transformam em Lítio vendendo logo aí como produção Alemã e com valor acrescentado. Parte vai para a produção de baterias, que depois vendem a Portugal como produto final!

Portugal tem a matéria prima e não fabrica nada! Depois não somos produtivos! Como podemos ser produtivos se em troca de “ajuda” financeira recebida oferecemos a matéria prima à Alemanha?

Das mais de 3.000 Torres existentes no continente de 0.5MW; 1MW e de 2 MW, seria assim tão complicado transportar uma dúzia das mais fraquinhas (0.5 MW) para a Graciosa?

Dos 2.520 Seguidores solares existentes na Amareleja, seria impróprio transportar 200 para a Graciosa?

E o Lítio? Seria descabido considerar o Lítio como reserva estratégica Nacional? Obrigar os Alemães a produzi-lo em Portugal? Juntando a Fundição com a Fábrica de Baterias, tudo perto das Minas na Guarda? Poupamos imenso nos custos de transporte, com a vantagem de ser tudo produção nacional.

Será assim tão complicado?



Deve ser.

2 comentários:

Unknown disse...

Da que pensar

O Portugal Bipolar disse...

Pois é Marco,
Dá que pensar...
Bem vindo ao grupo! ;)