segunda-feira, 19 de novembro de 2012

2013 – O Segundo Resgate!


Caros amigos e compatriotas, é com o coração a sangrar e com o firme desejo de estar profundamente enganado que vos escrevo estas breves linhas.
 

O que nos Reserva 2013?

Entre o dia 20 de Janeiro de 2013 e 01 de Fevereiro de 2013 vai existir um profundo choque em toda a sociedade Portuguesa.
Todos os trabalhadores, consoante o dia de recebimento do ordenado mensal, serão confrontados com os novos impostos aprovados no O.E. para 2013.

Será igualmente nessa altura que todos os Portugueses tomarão consciência do BRUTAL aumento de impostos de que tanto ouviram falar.
Entre Fevereiro de 2013 e Abril de 2013 o governo vai admitir que será impossível cumprir o O.E. para 2013, pois as receitas serão muito inferiores às despesas.

- Porque 70% da economia ainda está ligada ao consumo interno (isso não se muda de um ano para o outro) e o consumo interno vai sofrer uma BRUTAL contração, pois o que ainda resta da classe média luta atualmente por sobreviver.
- Porque as exportações vão continuar a crescer, mas a um ritmo mais lento, porque a maioria das nossas exportações é para a U.E. (e isso não se muda de um ano para o outro) e porque os países para onde mais exportamos vão estar em recessão (Espanha; Itália).  

- Porque não vamos atingir as metas ambicionadas nos impostos, principalmente no IRS, pois as pessoas não compram, a economia está parada, as falências serão aos milhares e o total da receita vai ser inferior a 2012.
- Porque quem pode, pede licença sem vencimento na casa mãe e passa a trabalhar diretamente para a filial, em Angola ou noutro sítio qualquer, porque não aceita ficar sem 63%  do seu salário em impostos (para ordenados superiores a 5.714€/mês).

Até Agosto de 2013 os tumultos e greves serão constantes e em setembro, no regresso aos mercados será evidente que um país com uma divida às costas de 125% do PIB não vai, não pode regressar aos mercados.
Virá então um segundo resgate, com a consequente reestruturação da dívida.

Virá igualmente a famosa pergunta, vai Portugal permanecer no €uro?
Em minha opinião tudo isto é inútil!

Existir ou não a reestruturação da divida, ficar ou não no €uro…
Enquanto não mudarmos a maneira como nos governamos, Portugal continuará a definhar.

Independentemente da reestruturação ser evidente e, claro, independentemente da moeda nacional.

2 comentários:

RAMIRO ANDRADE - O PROVOCADOR disse...

Caro Portugal Bipolar

A restruturação é acabar com duas tres e quatro reformas acumuladas como:

MIRA AMARAL 18 MIL EUROS DA CGD + AS OUTRAS
ANIBAL COM TRES REFORMAS
MARIO SOARES COM 400 MIL EUROS POR ANO
JORGE SAMPAIO COM 400 MIL EUROS POR ANO

ETC ............

FAZER IGUAL A ESPANHA COM UM SALARIO DE REFORMA MÁXIMO DE 2000 EUROS ( MAXIMO E SÓ UM )

FAZER IGUAL A SUISSA COM UMA REFORMA MÁXIMA DE 1700 EUROS ( SÓ UMA )

MANDAR PARA A PRISÃO TODOS OS ENVOLVIDO COM O BPN QUE LEVOU A RUINA UM PAÍS CHAMADO PORTUGAL, COM DÍVIDAS DE 10 MIL MILHÕES DE EUROS ( ANIBAL / DIAS LOUREIRO / DUARTE LIMA / ETC ....... )

ASSIM SE FAZ UMA RESTRUTURAÇÃO .....

UM ABRAÇO, E CONTINUE COM TEU BLOGUE DE REFERENCIA.

RAMIRO LOPES ANDRADE

Anónimo disse...

Boas
li este comentário no jornal negócios e deixo aqui para reflexão

A DESPESA DO ESTADO VISTA Á LUPA

O aspecto que mais me surpreendeu foi os juros da dívida pública custarem tanto quanto o SNS. É obra! Outro aspecto notável é o facto das prestações sociais como o abono de família, o subsídio de doença, o rendimento social de inserção (RSI) e o complemento solidário para idosos (CSI) apenas contabilizarem 2% da despesa. Tanto barulho com o RSI por causa de 0.39% da despesa. Também o subsídio de desemprego, tanta vez usado como justificação do aumento da despesa, apenas corresponde a 3.45% da despesa.
As pensões são a maior das despesas, correspondendo a 29% da despesa total. O estado português gasta mais em pensões do que em salários, o que me parece ser significativo de uma sociedade em declínio. Mas mesmo assim, ainda me surpreende mais a distribuição dos valores da despesa com pensões entre segurança social e a CGA. Se estes números estão correctos e se, como foi noticiado recentemente, os trabalhadores do estado correspondem a menos de 15% da população activa (creio que se falou em 11%), como é que é possível que um terço da despesa com pensões se deva à CGA? Se a percentagem de trabalhadores no estado está certa, então o valor da despesa devido à CGA não se deverá a um número elevado de pensões. Será então o número de reformas milionárias no estado assim tão elevado? Ou deve-se-á este valor a um elevado número de reformas antecipadas, que se traduziu numa baixa com a despesa de salários para se ter um correspondente aumento com as despesa de pensões? Se assim for, então a percentagem de trabalhadores no estado antes destas reformas antecipadas teria que ser muito superior a 15% da população activa.
Faltam elementos para se tirarem conclusões mas parece que antes esta despesa representava 20%. Logo as reformas antecipadas podem explicar o descalabro.
Também não esperava que a despesa com salários nas autarquias fosse tão baixa. Por outro lado, comparando essa despesa com a despesa com pessoal nas regiões autónomas, estas, face à pouca população que têm, correspondem a uma percentagem enormíssima: 30% da despesa com pessoal nas autarquias mais regiões autónomas vai para estas últimas. Idem para a despesa “poder local e regional”, onde 25% vai para a Madeira e Açores. Como alguém disse certa vez, quem quer ter ilhas, paga-as. E estamos a pagá-las bem.
Finalmente, a terceira maior parcela de despesa vai para benefícios fiscais, com 12% da despesa total. Considero muito negativa esta redistribuição da colecta pois beneficia sobretudo quem já tem capacidade financeira para gastar em determinados bens. Não é uma redistribuição de quem tem muito para os que têm pouco mas sim para os que têm que lhes chegue e ainda lhes sobra para investir. Afinal de contas, haveria maior redistribuição de riqueza se estes 12% não fossem sacados aos trabalhadores por conta de outrem (os grandes pagadores de impostos) já que estes, na maioria, não têm hipótese de beneficiar desta discriminação positiva.
Fiz esta análise para perceber, afinal, porque é que pago tantos impostos e não tenho um estado de primeira categoria como nos países do norte. Concluo que há algumas bandeiras partidárias (RSI, por exemplo) que servem apenas para distrair. Por outro lado, vejo que só os benefícios fiscais e os juros da dívida somam 21.5% da despesa. É uma enormidade. Compreendo que a despesa com os juros da dívida nunca chegarão a zero mas, seguramente que estão altos de mais. E também gastamos mais com reformas do que com salários, sendo a sustentabilidade do sistema garantido pela demografia e crescimento e não com a privatização e mudança para a capitalização.


Cumrimentos,

Nuno V.