Promulgada a
lei da reforma administrativa de Lisboa, falta apenas saber os pormenores e
como sempre é aí que se esconde o Diabo.
Conforme foi
salientado (aqui) a C.M. Lisboa conta com os seguintes “representantes do povo”:
1 –
Presidente de Câmara Municipal.
1 –
Presidente de Assembleia Municipal.
53 –
Presidentes de Junta de Freguesia
53 –
Presidentes de Assembleia de Junta de Freguesia
16 –
Vereadores
83 – Vogais
163 –
Secretários
55 – Tesoureiros
107 –
Deputados Municipais
544 –
Deputados de Freguesia
São ao todo
950 Marmanjos.
O importante
na promulgação da lei por parte do nosso querido e amado Silva é quantos destes
eleitos vão realmente deixar de pesar nos Orçamentos de Estado.
Eu não quero
saber se as freguesias passaram de 53 para 24!
Se é verdade
que eliminando 29 freguesias se elimina automaticamente 58 Presidentes; 87
secretários e 29 tesoureiros, também não é mentira que até prova em contrário
eu desconfio que vamos ter mais Vogais e mais Deputados…
É incompreensível
que um município com 547 mil habitantes tenha 7 freguesias com menos de 1000
habitantes e 33 freguesias com menos de 10.000 habitantes, pré-histórico!
Como exemplo
antes da reforma, que até ver temo o pior, saliento a Junta de Freguesia de São
José.
São José é
uma bela localidade com 34 hectares e 2.676 habitantes, como qualquer
localidade em Portugal, são José, freguesia centenária tem direito a 1
Presidente de Junta de Freguesia; 1 Presidente de Assembleia de Junta de
Freguesia; 3 Secretários; 1 Tesoureiro e 6 Deputados.
É a estes 12
eleitos que cabe a missão de ouvir as 2.676 almas e posteriormente decidir qual
a melhor maneira de servir a população com os recursos disponíveis.
Para servir
a população temos finalmente os funcionários, os que não sendo “os eleitos” é a
eles que cabe a execução.
No caso da
Junta de Freguesia de São José temos 3 funcionários do quadro (2 Assistentes
administrativos Principais e 1 Assistente Administrativo).
12 Eleitos e
3 administrativos para 34 hectares e 2.676 almas só no país do faz de conta.
É a
utilidade destas 15 personagens que eu questiono, qual a vantagem efetiva para
quem lá vive?
Antes da
reforma para gerir Lisboa necessitamos de 950 Pessoas, diga lá Sr. Silva
quantos marmanjos vou eu continuar a sustentar depois de mais uma reforma
virtual…
2 comentários:
Olá,
Uma maneira engraçada (porventura já aqui referida) de resolver o problema seria esta: os votos em branco, os votos nulos e a abstenção, seriam contados como votos em mais três partidos distintos, para além dos actuais. O orçamento - hoje estou um mãos largas! - em 2013 seria igual ao de 2012. Neste, o montante a distribuir pelos partidos seria o mesmo que em 2013, aplicando-se os mesmos critérios de repartição que sempre existiram e, em particular, na entrega de dinheiro e de nomeações de boys e girls, mas com a nuance de existirem mais 3 partidos, todos com os mesmos objectivos!
O dinheiro poupado por este processo serviria para pagar as dívidas (incluindo a obra estapafúrdia de 670.000 € feita pelo fofinho do António Costa no Marquês de Pombal).
É absolutamente razoável exigir a representação dos 3 partidos que referi. A sua existência reflecte inquestionavelmente a qualidade dos nossos políticos e do seu trabalho, incluindo a limpeza dos cadernos eleitorais. Quem vota em branco - e muitos dos votos nulos - são de cidadãos que não suportam estes imbecis, não estando pura e simplesmente para os aturar e pior: sustentar com o dinheiro dos seus impostos!
José
Boas José,
Os votos em branco e nulos já aqui foram referidos em diversos comentários e post's mas numa perspectiva um pouco diferente contariam ambos como deputados eleitos (inexistentes) mas os abstencionistas não eram considerados.
Independentemente de os nulos ou brancos contarem, ou não, Portugal tem de reduzir drasticamente os "Representantes do Povo" entre representantes locais; regionais e nacionais são mais de 150 mil!
GARANTIDAMENTE...
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