A Geotermia
na Ilha Terceira é apenas mais um exemplo de como as coisas funcionam em
Portugal (Devagar e em sentido contrário).
Os primeiros
estudos Geofísicos fora realizados no ano 2000, com o início da produção
agendado para 2006.
Entre o ano
2000 e 2006 foram realizadas perfurações até 1.720 metros de profundidade nos
poços PA02; PA03; PA04 e PA08.
Os
resultados foram surpreendentes, permitiram identificar um sistema geotérmico
de alta temperatura, superior a 300ºC, com uma área significativa e com
reservas de calor suficientes para suportar um projecto geotérmico com 10/12 MWh.
Depois de
toda a euforia passar, foi identificado um problema, o terreno onde os poços
foram abertos é bastante permeável existindo fissuras nos poços e
independentemente da temperatura ser superior a 300º C, o rendimento obtido
depois de consideradas as perdas passa para 3MWh.
Entretanto
entre avanços e recuos, com comissões de estudo para cá e para lá foram gastos
28 milhões de €uros (incluindo perfuração dos poços), é estimado que para a
Central entrar em funcionamento sejam necessários mais 10 a 12 Milhões de
€uros, estando o governo a decidir se avança ou não com o projecto.
Desculpem lá
qualquer coisinha, mas para variar, Portugal Bipolar tem uma ideia diferente.
O problema
da Ilha terceira não está na temperatura do sistema geotérmico encontrado que é
excelente, o problema são as fissuras nos poços que reduzem a produtividade em
75%!
Antes de
decidir avançar suspender ou tomar decisões temos de resolver o problema que
temos entre mãos (as fissuras dos poços), sem resolver este problema todas as decisões
tomadas serão erradas e descabidas.
Avançar com
a Central e assumir perdas de 75% não faz sentido e não faz igualmente sentido
abandonar o projecto depois de ter derretido 28 milhões de €uros.
Então vamos
resolver o problema das fissuras nos poços, para depois pensar em soluções energéticas
sustentáveis!
Soluções
Identificadas no Cap. 13
Uma cabeça
de broca, formada por uma liga de tungsténio, em forma de cone, com
aproximadamente um metro de diâmetro por cinco de comprimento que funciona como
maçarico, alimentado por uma chama de hidrogénio/oxigénio, sob pressão, capaz
de produzir uma chama de três mil graus centígrados, temperatura capaz de
fundir qualquer tipo de rocha.
O
equipamento, o maçarico, é pressionado por um sistema hidráulico em direcção à
chama, contra a crosta da terra em inicio de fusão. Durante a operação, o
equipamento é alimentado com hidrogénio e oxigénio a alta pressão que têm a
função de combustível e comburente, respectivamente. A refrigeração do maçarico
é feita por nitrogénio líquido que circula internamente no equipamento.
"Apesar do calor de três mil graus centígrados, da fusão da rocha, da alta pressão dos gases de combustão, cerca de mil atmosferas, uma penetração contínua, sem falha de material, em profundidade de mais de dez mil metros, através da alta temperatura de fusão do raio focal do hidrogénio/oxigénio, a rocha será fundida com grande velocidade de perfuração, quase dez vezes a velocidade de perfuração pelos processos convencionais, quase duzentos metros por dia, caindo os gastos e custos na mesma proporção.
O produto da combustão do hidrogênio/oxigênio, vapor de água, produz no processo de fusão da rocha uma diminuição do ponto de fusão da rocha e causa, por isso, uma economia de energia porque o vapor de água será absorvido pela massa fundida ou deslocada durante o processo de perfuração.
O maçarico é refrigerado internamente com nitrogênio líquido, sob pressão, que além de aumentar a vida útil do equipamento, por ser um gás não combustível, protege-o contra possíveis vazamentos que poderiam causar acidentes com o combustível.
O sistema é capaz de aguentar o efeito corrosivo da massa fundida de rocha super aquecida. Assim, é possível realizar em qualquer subsolo uma perfuração contínua, mesmo com um diâmetro grande de furo, com alta velocidade de penetração, com qualquer secção ou forma de furo e, conforme a necessidade, vertical, horizontal ou inclinada, sempre apresentando, como produto final, um revestimento no furo, não corrosível ou desgastável pelo tempo ou pelo uso, perfeitamente impermeável, formado pela vitrificação da própria rocha fundida e cravada, sob pressão, nas fissuras e reentrâncias da própria rocha.”
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Com esta
solução os furos estariam perfeitamente impermeabilizados devido à vitrificação
da rocha fundida e cravada, sob pressão, nas fissuras e reentrâncias da própria
rocha.
Depois de
comprovada a solução passa a ser adoptada e na ilha terceira serão considerados
mais 4 furos, que mantendo as características já identificadas nos poços PA02;
PA03; PA04 e PA08 será de profundidade < 2.000 metros, com Ø 1000 mm e
temperaturas no fundo do poço >300ºC, passando a capacidade instalada para
24MWh que corresponde praticamente a 100% das necessidades da Ilha.
Custo Total =42.88 Milhões de €uros
para 24 MW capacidade Instalada.
Investimento
Inicial – 28 Milhões de €uros.
Vitrificação
de poços existentes PA02; PA03; PA04 e PA08 - 4 x 1.72 kms x 1 Milhão de €uros
= 6.88 milhões de €uros.
Execução de
Novos poços – 4 x 2km x 1M€ = 8 Milhões de €uros
Custo da Central Geotérmica = 6 Milhões de €uros por MWh de Capacidade
Central de 20MWh - 120 Milhões de €uros
Central de 24MWh - 144 Milhões de €uros
Rendimento
20MWh x 24 Horas x 365 dias x 50€ = 8.760.000€ x 40 Anos = 350.400.000€
24MWh x 24 Horas x 365 dias x 50€ = 10.512.000€ x 40 Anos = 420.480.000€
Custo da Central Geotérmica = 6 Milhões de €uros por MWh de Capacidade
Central de 20MWh - 120 Milhões de €uros
Central de 24MWh - 144 Milhões de €uros
Rendimento
20MWh x 24 Horas x 365 dias x 50€ = 8.760.000€ x 40 Anos = 350.400.000€
24MWh x 24 Horas x 365 dias x 50€ = 10.512.000€ x 40 Anos = 420.480.000€
Sobre
Armazenamento e Hidrogénio falamos depois que para variar o post virou
testamento…
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