sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Foco na Gigafactory de baterias! Portugal O Senhor dos Anéis – Cap 62.


O primeiro passo para uma fábrica de baterias é ter Lítio, para utilizar como matéria-prima.

Já o disse anteriormente, mas nunca é demais repetir, o Lítio tem que ser tratado como reserva estratégica nacional, tendo os nossos governantes de impedir a venda do mineral para transformação noutro país.

As Novas reservas descobertas na zona de Viana do Castelo, as reservas já existentes na Guarda ou em qualquer outro lugar, não podem ser vendidas!

Querem produzir, tem de o fazer em Portugal!

Temos matéria prima, falta a sua transformação em Lítio, sendo o segundo passo a construção de uma fundição na Guarda, transformando a matéria prima em Lítio.

Só depois vem a fábrica de baterias, que fica junto à fundição, que fica junto às minas.

Se a fábrica de baterias estiver separada da fábrica de carros eléctricos aumenta a sua versatilidade.

Caro amigo, na visão Portuguesa “da coisa”, a fábrica de baterias não deve estar integrada na fábrica de automóveis.

Temos de explicar isso a Elon Musk, para Portugal é conveniente existir separação de fábricas, não discutindo que a montagem do molde de baterias fique dentro da fábrica de carros, tudo o resto é independente, pode ser?

Mais cedo ou mais tarde a versatilidade de opções disponíveis para uma fábrica de baterias ditarão a sua lei. A separação de ambas acaba por ser uma consequência inevitável.

Uma fábrica de baterias pode produzir anualmente 500.000 baterias de 100 KWh para equipar os carros TESLA (50 GWh).



Mas pode igualmente produzir 1 milhão de Powerwall’s com 15 KWh (15GWh), possibilitando armazenamento de energia suficiente para uma habitação.

Pode produzir baterias para armazenamento em Larga Escala, 10 x 100 MWh; 10 x 500 MWh  2 x 2GWh e 1 x 5 GWh, totalizando 15 GWh.


Chegando a este patamar de produção a fábrica de baterias torna-se incompatível com a fábricas de automóveis eléctricos.

Até porque a fábrica de baterias e a fundição para transformação dos calhaus em Lítio devem ficar na Guarda, junto às minas da Felmica, poupando no mínimo 10% em custos de transporte e a fábrica de carros eléctricos deve ser situada a sul, aproveito para sugerir Évora, com ligação ferroviária a Sines.



Impedindo a saída de minerais do país, apostando numa fundição para transformar o Lítio, a GIGAfábrica de baterias será sempre em território nacional, se é da TESLA ou não, depende da capacidade dos nossos governantes.

Para já nos compromissos para 2017 não temos dinheiro para isto, depois de engolir um prato composto por 8 mil milhões de Euros em Juros da dívida pública; 5 mil milhões de euros para a CGD temperado com 1.75 mil milhões em PPP’s, não sobra nada.

Eles comem tudo, eles comem tudo…

Lítio em Portugal, sim ou não?


A escolha é nossa!


5 comentários:

Atomez disse...

Tens minério de lítio mas não tens tecnologia nem fundições nem fábricas nem dinheiro para as ir buscar mas queres impedir a venda do minério... hás-de ir longe hás-de.

Anónimo disse...

Caso a fábrica de baterias fosse instalada na Guarda, teria que se equacionar a renovação da Linha ferroviária entre a Covilhã e a Guarda, para que as baterias pudessem seguir o percurso Guarda / Castelo Branco / Entroncamento / Setil / Sines. De seguida os carros, já equipados com as baterias, seguiriam pela Linha Setúbal / Badajoz.

Edu disse...

Então a solução do Atomez é vender o "ouro" ao estrangeiro com todos os custos que implica o transporte da matéria prima por processar. A possibilidade de vender a oportunidade de investimento está fora de questão? Clap, Clap, Clap, Clap. Assim vamos longe !...

O Portugal Bipolar disse...

Boas Atomez,

Eu concordo com o Edu, acrescentando apenas " um país sem industria, não é um país, é uma horta!".

cumprimentos,

João

O Portugal Bipolar disse...

Partilho esta visão! ;)