Tenho por norma,
afirmar cá em casa que o cúmulo da estupidez é fazer sempre a mesma coisa
esperando um resultado diferente.
Nesta
maneira de ser / estar na vida, Portugal dá cartas!
Quantos
incêndios mais terão de existir para que as coisas mudem?
Quantas mais
mortes serão necessárias?
O que mais
me entristece é o espanto e a surpresa geral.
Era
imprevisível!
Imprevisível????
Só depois do
milénio, foi imprevisível em 2003; 2005; 2012 e 2017!
Não existe
prevenção!
Não existe
ordenamento do território.
Nesta guerra
deixamos a tropa no quartel, combatemos com voluntários, que não conhecem o
terreno…
É plantações de Pinheiros e Eucaliptos aos molhos e depois vem o espanto!
Correu tudo
bem, os meios foram os adequados, era tudo imprevisível.
Aconteceu em 2003 com 426 mil hectares ardidos, voltamos a experienciar
o mesmo em 2005 com mais 338 mil hectares ardidos e em 2012 em que ardeu
praticamente metade do conselho de Tavira.
E chegamos a Junho de 2017 e em Pedrogão Grande temos mais do mesmo.
E chegamos a Junho de 2017 e em Pedrogão Grande temos mais do mesmo.
O que mudou
desde 2003?
Que
planeamento existe?
Qual a
prevenção? Que meios estão envolvidos?
E depois vem
o espanto, a surpresa e a pergunta de como foi isto possível?
Como se nada
disto fosse previsível, expectável.
Temos a fase
Bravo e a fase Charlie… meu Deus!
É necessário
Portugal arder de lés a lés para que os nossos políticos façam alguma coisa.
Teremos por
ventura de morrer aos milhares, porque algumas dezenas não bastam!
Será
necessário um doutoramento na matéria para afirmar que quem coordena o combate
aos fogos no verão, deve coordenar as equipas de prevenção de fogos no outono;
inverno e primavera? Para depois no verão, no terreno, no combate, na guerra, poder afirmar:
- Vamos fazer assim! Porque andei aqui o ano inteiro, conheço o terreno como conheço a palma das minhas mãos! Vamos atacar o fogo no ponto X.
A prevenção foi feita, o fogo não tem alimento nas zonas Z; W e Y!
Deve ser tudo muito complicado...
Um gajo chega
a pensar, devo estar calado por respeito ás vitimas, ou devo falar por respeito
ás vitimas futuras?
No meio de
tanta ignorância, mantendo esta maneira de resolver os problemas, a dúvida é se
até 2030 vamos ter mais 3, 4 ou 5 tragédias iguais ou piores.
Para quando
uma avaliação séria e independente à Protecção Civil?
Lá está,
quando jogamos dinheiro para um problema, algo desaparece, e não é o problema.
E voltamos
ao cúmulo da estupidez, fazer sempre a mesma coisa esperando um resultado
diferente.
NOTA: Neste Blog não são exibidas imagens de fogo vivo!
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