quinta-feira, 11 de junho de 2015

Carta de despedida ao Exmo Senho Presidente da Republica no dia de Portugal (X + 1).





Caro compatriota eu sei que a idade é um fardo e o meu caro já carrega o seu à bastante tempo.

Julgo que todos devemos contribuir para que V. Exa. Termine o mandato com dignidade, o pior já passou, faltam uns meses, o discurso de final do ano e acabou, desejo-lhe muitos anos de vida e muitas felicidades, sei que vai ser difícil viver tendo como único rendimento quatro parcas reformas.

Vão ser tempos duros e difíceis, saúde e sorte são os meus desejos.

Eu devo confessar que não ouvi o seu discurso, devo ter sido dos poucos Portugueses a quem a mensagem de esperança e confiança no futuro não chegou.

Já somos menos de 10 milhões vivendo em Portugal, não sei se o meu amigo já reparou nisso, mas dos 10.6 milhões em 5 anos passamos para menos de 10 milhões.

Os restantes ou imigraram ou morreram e não foram substituídos por vivos.

Sei que deve estar cansado e faltam poucos meses para as reformas e o descanso permanente chegar.

Chegará o dia em que terei de me despedir de um homem que não sendo político passou 22 anos da sua vida ocupando os mais altos cargos da nação, “chegará o dia, mas esse dia não será hoje”.

Respirando fundo, para atacar os últimos meses isto não custa nada, se o meu amigo contar os meses que faltam para a reforma pelos dedos das mãos já sobram dedos! A meta está ali, falta o último esforço, o discurso de final de ano e já está.

Janeiro de 2016 é para eleições e em Fevereiro chegam as reformas e a tranquilidade.

Despeço-me com um pequeno pedido para o seu último e derradeiro discurso de final de ano.

Se por alguma eventualidade ou casualidade da vida no final do ano os Portugueses que ainda vivem em Portugal não tiverem entendido a sua mensagem de esperança tente fazer um discurso mais longo.

Eu sei que não tenho a sua capacidade, nem a sua visão, mas 20 minutos de discurso motivacional no dia de Portugal, parece-me um pouco curto, não sei.

Para sair com chave de ouro eu apostava em 2 ou 3 Horas! Correndo o risco de os Portugueses não acreditarem no que ouvem à primeira, sugiro que o discurso seja repetido no mínimo mais 2 vezes, pode ser com as mesmas palavras e tudo, para que todos, mas mesmo TODOS consigam vislumbrar a esperança no futuro.

Fidel Castro falava 8 ou 9 horas sem se repetir...

É só o que falta, de resto tudo ok.

Caso se farte de não ter nada para fazer depois de reformado, deixo-lhe a sugestão de ir conhecer a Austrália.

Se o meu amigo gostar até pode ficar por lá, é um favor que me faz, eu se for possível continuarei a viver em Portugal.

A Austrália é um pais lindo, desenvolvido e enorme, certamente haverá um cantinho para si, como sei que o meu caro não tem queda para astronauta a Austrália serve perfeitamente.

Mais longe, só no espaço.



Melhores cumprimentos,


João

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