É coisa que
dá que pensar.
Os nossos
bancos tem a sua disposição 12 mil milhões de € para recapitalização.É dinheiro mais do que suficiente para retirar todos os nossos bancos do aperto financeiro em que vivem.
Mas o dinheiro está disponível e ninguém o quer?
- pois,
estas coisas da economia nem sempre tem uma interpretação linear.
Os bancos
não querem aceitar o dinheiro pois seria uma forma de diminuir o poder dos seus
proprietários, na visão dos bancos, não faz sentido aceitar 12 mil milhões para
começar a financiar a economia, pois cada financiamento é um risco.E financiamentos com risco estão os bancos cheios (PPP’s Empresas Publicas; Câmaras Municipáis…etc…etc), então o que eles defendem acaba por ser simples, peguem nos 12 mil milhões e distribuam pelas empresas publicas e obriguem estas a pagar o que devem aos bancos.
Os bancos ficavam recapitalizados, perdendo grande parte do credito considerado Lixo, ficando igualmente com músculo para enfrentar estes tempos difíceis.
É aqui que a
porca torce o rabo, para o governo isso é impensável, se o dinheiro for para
empresas Tipo Refer; CP ou câmaras municipais elas pagam aos bancos mas esse
valor entra na contabilização do défice.
Só as
empresas de transporte devem aos bancos 14 mil milhões, e na ajuda financeira
disponibilizada, nenhuma parcela contempla estas empresas.Ou são vendidas com as dívidas, e não valem nada, não valendo nada não existe receita…
Ou são vendidas sem as dívidas, valem dinheiro mas como o estado assume esses pagamentos eles vão aparecer nas contas e lá se vai os 5.9%.
Nesta guerra
do teima, teima, cada uma das partes vai esgrimindo os seus argumentos, a
corrente parte sempre pelo elo mais fraco, o país não pode continuar assim
parado sem dinheiro por muito mais tempo, e se os bancos são privados, ninguém os
pode obrigar a aceitar dinheiro que não querem.
Mesmo sendo
obrigados a aceitar o dinheiro nada nos garante que esse dinheiro venha a
servir para promover a economia.
Um teimoso
nunca teima sozinho, ficarei a aguardar pelo desenrolar da guerra, para no fim,
com o país de rastos, com falências e desemprego em massa uma das partes seja
vencida.
Pois o mais importante parece ser quem manda na economia!
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