É aqui que as coisas começam a ficar interessantes.
Temos de ter apoio técnico e cientifico de universidades portuguesas ligadas ao mar, onde será que podemos encontrar na Tugolândia uma universidade assim?
Assim tipo uma universidade com um Departamento de Oceanografia e Pescas?
- Que
coincidência é nos açores…adiante!
Vamos então
olhar para o plano de trabalhos, para mais facilmente explicar os timings para a nossa futura fábrica de
polvos.No mês (N) no 1º dia são introduzidas as fémeas na maternidade, confortavelmente instaladas nas 1000 caixas de 1.50m x 1.50m instaladas para o efeito, com abrigo próprio e tudo…
Depois damos 1 dia para elas se habituarem e para aumentarmos gradualmente a temperatura nas 48 horas que antecedem a introdução dos machos.
Ao 3º Dia
introduzimos os primeiros 5.000 machos para que as “polvas” tenham a
possibilidade de escolha, mas segundo o que lí como elas só “brincam” 1 vez na
vida, cada “polva” facilmente despacha 10 machos…
A natureza…a
natureza…
O
acasalamento pode demorar até uma semana existindo registos em muitas espécies
de danças nupciais no fundo do mar. O polvo macho tem um tentáculo modificado
chamado hectocotylus que tem cerca de um metro de comprimento e que
contém fileiras de esperma. Dependendo da espécie, ele aborda uma fêmea
recetiva e insere o tentáculo dentro do oviduto dela.
Não nos
vamos poupar a cuidados e diariamente serão introduzidos caranguejos e
mexilhões em dose reforçada, pois são um petisco muito apreciado e animais
contentes mais facilmente se dedicam ao que nos interessa, sexo! Sexo! Sexo!
Ao 10º Dia
são retirados os 5.000 machos heróis que já tiveram tempo suficiente para
satisfazer a sua necessidade animalesca, se não o fizeram é porque são
familiares do Castelo Branco e também não estão lá a fazer nada…
São
introduzidos mais 5.000 polvos sendo estes igualmente informados que tem 7 a 10
dias para apresentar serviço feito!
Resumindo, de acordo com o plano de trabalhos,
a 2ª;3ª e 4ª semana do mês N são dedicadas ao sexo sem limites, é
trabalhar…trabalhar…trabalhar!
Tudo isto é
monitorizado com camaras instaladas para o efeito em cada uma das maternidades.
O nível de
oxigenação da água é também monitorizado e controlado (recolha de amostras de
hora em hora), sendo injetado oxigénio sempre que necessário.
O mês N+1 é
dedicado às larvas recém-nascidas que vivem à superfície sendo providenciada
renovação das águas de acordo com as marés como falámos anteriormente, embora
as águas açorianas sejam ricas em plâncton será injetado diariamente na
maternidade larvas de caranguejo, que
são um bom petisco e o pessoal não quer que falte nada aos nossos amigos recém-nascidos…
O mês N+2 é
dedicado à recolha de larvas à superfície, sendo a sua extração igual ao método
das larvas de caranguejo, que está aqui exemplificado.
Todas as
larvas são acondicionadas em sacos de plástico com água e oxigénio puro para
transporte.
No mês N+3
serão recolhidas as restantes larvas, quando descem para o fundo ficam em
recipientes com 1.50m x 1.50m previamente instalados.
Durante os
meses N+2 e N+3 será monitorizado a taxa de mortalidade das larvas ao ser
transportadas para o laboratório/fábrica e seu desenvolvimento nos 30 dias
posteriores, será igualmente utilizado o transporte via terrestre e marítima para
no final se concluir qual a melhor altura para a recolha das larvas e qual a
melhor maneira de as transportar.
A última
semana do mês N+3 será utilizada para a limpeza da maternidade, iniciando a
maternidade no mês N+4 um novo siclo de procriação (azul no P. Trabalhos)
Será
igualmente assumida uma taxa de mortalidade de 10% na transição entre a
maternidade e o Laboratório/fábrica, passando a existir 18 milhões de polvos
até 20g sendo os 2 milhões de polvos mortos aproveitados para a alimentação dos
sobreviventes.
Os meses
N+4; N+5 e N+6 são passados em laboratório/Fabrica atingindo os polvos no mês N+6
um peso superior a 300g, sendo este mês igualmente aproveitado para a sua
separação por tamanhos e sexo.
No mês N+7
os polvos chegam ao peso de 500g e passam da fábrica/Laboratório para a engorda
final no mar.
As
estruturas criadas para a engorda final tem as dimensões de 1.50m x 1.50m x
3.00m e terão capacidade para 9 polvos cada (0.50m x 0.50m).
Nos meses N+7; N+8; N+9 e N+10 os polvos passam de um peso de 500 gramas até ao peso mínimo de 2.5kg, sendo o mês N+10 marcado pelo inicio da expedição de polvos ao ritmo de 4.16 milhões por mês.
Nos meses N+10; N+11; 2N e 2N+1 serão expedidos 4.16 milhões de polvos por mês ao peso de 2.50kg; 3.00kg; 3.75kg e 4.50kg respetivamente.
Foi
igualmente considerada uma mortalidade de 1% no primeiro ano (N) que
corresponde a 180.000 Polvos, os restantes polvos vão para a secção de engorda
especial onde nos meses 2N+9; 2N+10 e 2N+11 serão comercializados ao ritmo de
350.000 mês e com um peso de 10.50kg; 11.25kg e 12.0kg respetivamente.
A produção
entra em ritmo de cruzeiro nos meses 2N+8; 2N+9; 2N+10 e 2N+11 sendo a
faturação prevista de 533 milhões por cada 4 meses (para preços de venda de
6.00€/kg para polvos até 5kg e 8.00€/kg para polvos com +de 10kg)
No 3º Ano
(3N) o ciclo do polvo estará terminado, sendo utilizados pela 1ª vez polvos
criados em cativeiro com peso de 12kg para a reprodução, dado que o polvo macho
fica senil depois de acasalar acabando por morrer, dado que a fémea, a nossa
amiga “polva” depois de desovar acaba igualmente por morrer, serão utilizados
estes 11mil polvos para venda final depois da reprodução, com a categoria de
polvos reprodutores em que na embalagem estaria um caminho para as filmagens
que foram feitas na maternidade dos polvos, podendo quem compra ter a garantia de imagens datadas
com a reprodução dos polvos na nossa maternidade.
Falta falar
das necessidades de alimento e do custo disto tudo, mas isso fica para outro capítulo…Um abraço e até breve!
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