terça-feira, 20 de setembro de 2011

Desvio Colossal_ Nada disto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado…

 


Quando no inicio da legislatura ouvi falar em desvio colossal confesso que franzi o sobrolho.
A TROIKA tinha estado a examinar as contas nacionais dias antes, nada disse e repentinamente, vindo do nada temos um desvio colossal?
Os dias forram passando, as explicações também, o imposto sobre 50% do S. Natal avançou e a coisa morreu mais ou menos por aí.
Quando se revelou o buraco nas contas da madeira, eu entendi o famoso desvio colossal, se era 1.1 mil milhões é mais ou menos o mesmo que o imposto sobre o S. Natal que rende 900 milhões até 31 de Dezembro de 2011 mais 200 milhões até Abril ou Maio de 2012.
Só que o buraco, vai crescendo…crescendo…crescendo e não para de aumentar já se fala em 1.8 mil milhões a 2 mil milhões?!?
Isso é o s. Natal a 100%!
E ainda não falamos dos transportes, pois esses nossos “Amigos” com regalias e prémios até para estacionamento do autocarro ou dia de trabalho, mais administrações pagas a peso de ouro…
É que nos transportes a dívida é de 17 mil milhões, isso são mais de 10 vezes a divida da madeira!
E as PPP? Depois de 2013 até estala com pagamentos nos 10 anos seguintes na ordem dos 600 milhões ano!
E os Institutos, empresas municipais e afins? Em que mais de 90% não tem razão de existir?
Depois de todos estes aumentos ainda gastamos perto de 10 mil milhões/ano acima das nossas possibilidades.
Vamos vender todos os nossos anéis por 7 mil milhões…
Mantendo tudo como está, se vendermos até final do ano teríamos dinheiro até Agosto de 2012! E depois?
Já não temos GALP; EDP; TAP;REN;ANA; RTP;PT;CTT…etc…etc…etc…
Qual a razão de não terem mexido nas regalias das empresas de transporte? Será porque vão vende-las?
Mas para vender qualquer empresa de transporte o estado tem de assumir as dívidas!
E essas são 17 mil milhões…vai para o orçamento?
Quanto vale a TAP com a divida? 100€? Menos?
Só vejo aumentos, mas… que Portugal vamos ter em 2030? Qual o rumo? Para onde vamos nos próximos 20 anos?
Nada disto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado…

6 comentários:

Anónimo disse...

Estamos bem encaminhados para tempos cada vez mais dificeis.
É preciso uma mudança radical nas nossas politicas, mas acima de tudo nas pessoas.... Venha a Revolução!!! É obrigatório falar nesta palavra, para que exista o medo de quem manda.

Portugal Bipolar disse...

EU Mantenho a data de 01 de Janeiro de 2012

Anónimo disse...

Ou passamos ao federalismo europeu, ou saimos do euro, mas que nos digam como vamos tar daki a 3 anos e não andarmos neste impasse estúpido que só benefecia as grandes instituições/capital financeiro....
Tal como aconteceu á 500 anos a descoberta do Mundo pelos n/ navegadores, que sejamos Nós Portugueses a dar o exemplo como defenir uma nova maneira de estar...
Que se mude a constituição e o sistema juridico, caso contrário não vamos lá das canetas.... e volto a dizer que sem a Energia mais barata nada feito.

Anónimo disse...

Ja sabemos que vêm aí contas assombrosas que nos vao chupar ao tutano.
quem diz que venha Revolução, então eu digo, mas para que regime?
entao a democracia não é o pior sistema de governação com excepção de todos os outros tentados?

se quem manda é o povo, entao a culpa é toda do povo. pq so olhamos para os nossos umbigos, pq nunca queremos mais impostos, pq queremos mais e mais direitos. claro, só um masoquista quereria o contrario.

vamos voltar a idade da pedra como alguns paises africanos. acabaram os carros, os televisores HD, smartphones, laptops, internet e vamos voltar às velinhas e ao carro de bois.

Kumba Yala disse...

Meus Caros!!
Penso que o fim estará próximo!!
Sábado conto acordar com os noticiários em pânico porque a Grécia deixou de pagar!!

Kumba Yala disse...

Afinal para onde vai o dinheiro:

Impostos que portugueses pagam estão a "derreter" em mecanismos de corrupção

O vice-presidente da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, afirmou, esta quinta-feira, que grande parte dos impostos que os portugueses pagam estão a "derreter" em mecanismos de corrupção.


"Grande parte dos cerca de 80 mil milhões de euros que o Estado gasta por ano é derretido em mecanismos de perfeita corrupção, alguns dos quais são bem conhecidos", salientou Paulo Morais, em entrevista à agência Lusa.

Segundo Paulo Morais, "bastará focar o aspecto das parcerias público-privadas", nomeadamente a renegociação com as concessionárias das antigas SCUT, que fez com que os portugueses passassem a pagar duplamente mais: em portagens e em impostos para pagar autoestradas que vão ficar ainda mais caras.

O professor universitário de estatística e ex-vice-presidente da Câmara do Porto classificou o exemplo das SCUT "claramente um caso de prejuízo com dolo do Estado português por parte de um conluio entre quem negoceia em nome do Estado e os concessionários que obtiveram a concessão".

"Através de um mecanismo pomposa e eufemísticamente chamado de disponibilidade diária das estradas, garantir rentabilidades da ordem dos 14, 15% dos concessionários sobre preços que, por sua vez, já eram elevados, independentemente do tráfego, é perfeitamente inadmissível", considerou.

Para Paulo Morais, a eventual cessação das novas condições acordadas para as ex-SCUT "é uma questão que tem de ser tratada com urgência, porque por cada mês que passa são milhões de euros que o povo português perde para pagar a uns senhores que conseguiram, à custa da conivência de pessoas no Estado, garantir rendas verdadeiramente obscenas".

O vice-presidente da secção portuguesa da Transparência Internacional voltou a acusar a classe política portuguesa de se ter transformado numa "mega central de negócios", onde reina a promiscuidade entre pessoas que, alternadamente, são titulares de cargos públicos e administradores de grupos empresariais fornecedores do Estado.

"Não faz sentido que os portugueses paguem tantos impostos. Não faz sentido que uma pessoa que leva no fim do mês 700 e tal euros para casa custe à sua empresa, por uma questão fiscal, 1.600", defendeu.

Segundo Paulo Morais, a diferença entre o custo real do trabalhador e o salário que recebe vai em parte para serviços que os cidadãos utilizam, mas também "vai muito dele para mecanismos de corrupção".