segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Défice Tarifário em Portugal


O custo da electricidade sufoca a economia e prejudica TODOS de particulares a empresas.
No final do ano de 2011 o défice tarifário ronda os 3.3 mil milhões de Euros.

Existem poucas empresas a beneficiar deste roubo descarado que é suportado por todos nós (empresas e contribuintes).

Conforme foi justificado Aqui; Aqui e Aqui facilmente poderíamos poupar perto de 450 milhões de Euros por Ano se as benesses fossem substancialmente reduzidas.

Dizem os iluminados que ganham com este roubo descarado que os contractos estão blindados sendo muito difícil ou mesmo impossível alterá-los…
Eu pergunto, estão os contratos mais blindados que o 13º e 14º mês dos reformados que toda a vida descontaram?

Estão os contratos mais blindados que o 13º e 14º dos meus “Amigos” F. Públicos?
Embora sejam uns privilegiados relativamente ao resto dos 5 milhões de trabalhadores são direitos que tinham e deixaram de ter, pior…ainda não os informaram que os cortes não são provisórios!

Podemos mexer em tudo menos nos contractos de fornecimento de electricidade?
Veio dinheiro da TROIKA para pagar isto?

-Não!
Se temos de pagar só existem duas maneiras de o fazer, ou paga o contribuinte e as empresas ou é reduzido o valor a pagar pelo fornecimento e transporte de electricidade.

Alguém acha que podemos aumentar ainda mais o preço da electricidade que é praticado em Portugal?
Mesmo que sejam renegociados todos os contractos com os fornecedores de electricidade como falei anteriormente só em 2019/2020 é que teremos todas as dividas saldadas…

TIC…TAC…TIC…TAC

9 comentários:

R+ disse...

Totalmente de acordo!
O argumento usado para reter os 2 meses da função publica, também deve ser usado para "renegociar" com as parcerias pp e outras negociatas do mm genero (pus entre aspas pq devia ser unilateralmente como foi com os trabalhadores- igualdade de direitos e deveres não é?).

Claro que deixaremos de ser um país credível para investidores, mas tb ja nao temos quase nada a perder...

para quando um post sobre taxas moderadoras?
acho "engraçado" que quem mais aparece nos media a criticar a medida até são os isentos!

- eu discordo da isenção pq se uma das queixas são os abusos do sns, então esse argumento cai por terra. qual é o mal de pagar 2€, ou 1€ ou 50 cent? é sempre o 8 e o 80, ou nao se paga nada ou sao logo 10€.

basicamente a classe média vai começar a fugir pros privados pq ao menos paga-se mas não é necessario ir as 7 da manha para a fila ao frio.

é como nas scuts: em vez de por a preços moderados, caem logo em cima com 17€. deviam estudar mais estatística e saber que a receita TOTAL tem uma bell shape em função do preço das portagens

cumps

O Portugal Bipolar disse...

Boas R+,

Entre os países que já renegociaram ou estão a renegociar o custo a pagar aos produtores de electricidade encontram-se:
-Alemanha
-Espanha
-Inglaterra
EUA
Vão estes países perder a sua credibilidade?
Sobre as Taxas moderadoras, tenho pouco a dizer e estes aumentos vão no caminho certo.
A Saúde é das áreas que melhor funciona em Portugal, mas isso não quer dizer que a possamos manter nos mesmos moldes, como já falei anteriormente a saúde custa 10 mil milhões ano e Portugal não pode pagar tanto, mesmo que seja reconhecida qualidade ao SNS.
Julgo que as taxas ainda vão aumentar mais pois neste momento e depois do aumento representam 2% do custo total da saúde.
Vai doer no bolso de todos, mas é impossível manter as coisas como estão e os cortes no SNS ainda vão no seu inicio.
Julgo que em termos de custos o SNS depois de remodelado deve gastar até 7 mil milhões, faltando cortar ou aumentar custos na ordem dos 30%.
è duro, eu sei, o SNS funciona muito bem se o compararmos internacionalmente ou se o compararmos com a Justiça ou com a Educação, mas não existe dinheiro para manter os gastos.
É a vida...

Nuno V. disse...

Boas,

li sobre esta alternativa para a produção de energia e gostava de partilhar se fosse possivel, não sei se os cálculos estão correctos ou se é sequer praticavel, mas fica aqui no entanto

http://resistir.info/portugal/incendios_florestais.html

Cumprimentos,

Nuno V.

O Portugal Bipolar disse...

Boas Nuno V,

O link que referes tem realmente ideias que podem ser aproveitadas, mas as contas...
As contas estão uma grande confusão.
Portugal tem 20% de energia consumida de fontes renováveis?!?
-São perto de 50%
Quanto aos valores de ter num raio se 5Kms de floresta energia suficiente para alimentar uma centrar de 5MWh também julgo que os valores estão errados, mas vou pesquisar mais (isso demora tempo) e depois falamos melhor.
Como ideia no geral acho bastante interessante pois limpamos a floresta e podemos produzir electricidade.

O Portugal Bipolar disse...

Boas Nuno V,
Do que encontrei julgo que este tipo de produção de energia deve sempre ser acompanhado de uma correcta gestão florestal, neste momento ainda nem temos o cadastro dos proprietários dos terrenos.

O uso de biomassa para produção de energia deveria ser feito, prioritariamente, em Cogeração, assegurando assim níveis de eficiência compatíveis com a exploração rentável destas centrais.

Ficam as conclusões e o Link
http://www.celpa.pt/images/pdf/art213_brochura_centrais.pdf

1. A madeira (sob a forma de rolaria ou de subprodutos e desperdícios das indústrias de processamento) deve ter como utilização preferencial a indústria transformadora e não a
produção de energia. Esta utilização assegura maior valor acrescentado e utiliza um maior volume de emprego na cadeia de produção, ambos objectivos estratégicos para a política
económica nacional.

2. A utilização de biomassa florestal em sistemas de co-geração de calor e electricidade apresenta maiores eficiências globais que a simples produção de energia eléctrica. Assim, devem esgotar-se as possibilidades de consumo de biomassa disponível para produção de
energia junto de utilizadores do calor produzido (indústria transformadora ou aquecimento),antes de iniciar a construção de novas centrais eléctricas operando com estes combustíveis.

3. Os resíduos de exploração florestal e de silvicultura, assim como os matos, podem ser utilizados racionalmente na produção de energia. Esta utilização deve, no entanto, ser
limitada e enquadrável no conceito de gestão florestal sustentável, nomeadamente nos aspectos relacionados com a conservação de solos e com a promoção de diversidade biológica.

Anónimo disse...

Bloqueia o contador. Assim só conta quando queres. No fundo uma espécie de tarifa bi-horária na qual à noite e fins-de-semana não se paga nada. Eu já aderi.

O Portugal Bipolar disse...

Podes explicar melhor?
Não sei do que falas...

R+ disse...

Boas,
o post ja vai antigo, mas o queria dizer é que se for renegociado é uma coisa, mas se for uma imposição unilateral é outra. e cá em portugal as coisas só funcionam pela 2 via e isso é pouco digno de um estado democrático.

alias parece que quando se renegoceia, parece que fica ainda pior.

tem de ser feito como o estado faz com as farmaceuticas. Aí já impõe mas para os outros lobbys ja não...

ja agora "celebramos" hoje a morte de um ditador. Deve ser uma das poucas coisas que concordo com o AJ Jardim. O comunismo devia ser ilegalizado.

Se a Síria e a Coreia do Norte tivessem petróleo já todos nós os ajudávamos como foi coma Líbia

O Portugal Bipolar disse...

Boas R+,
Quando o estado renegoceia em Portugal normalmente fica pior do que estava...
Com a energia julgo que é fácil a renegociação, ou vai a bem, ou vai a mal, se não aceitam baixar os preços pode ser criado mais 1 imposto...
Imposto sobre as oscilações de fornecimento eléctrico ou imposto sobre as energias que não tenham capacidade de produzir 24 Horas por dia são exemplos...