quarta-feira, 18 de maio de 2011

TSU – Taxa Social Única.



Existe um novo motivo de debate nas nossas eleições.

Faltam 2.5 semanas para os Portugueses irem a votos, e a discussão neste momento é quanto baixa cada partido na taxa.

Para quem não sabe a TSU paga pelas empresas é de 23.75%...O Ps em 2010 não chegou a acordo com o PSD sobre a baixa de TSU, nessa altura o PSD tinha proposto baixar 0.25%.

Devo lembrar os nossos governantes que já não estamos no ano de 1990, em que grande parte das nossas exportações eram Calçado e Vestuário, onde nós dava-mos a mão-de-obra e o nosso cliente dava tudo o resto (até as etiquetas…).

Nessa altura o peso da mão-de-obra no preço do produto final poderia chegar aos 50%.

Hoje, as nossas exportações têm incorporadas no máximo 20% de mão-de-obra.

Mas 20% já é UPA!...UPA!

Para ter algum impacto a descida da taxa TSU teria de ser na ordem dos 5% ou 10%.

E se a TSU baixar 10% (Que é impossível) para uma empresa que tenha incorporado 20% de mão-de-obra no preço final dos seus produtos, a poupança total é de 2%.

E os empresários acreditam num país que mantém constantes os seus impostos.

Mesmo que a TSU baixe 5% ninguém acredita que seja para manter, cada partido diz uma coisa e na última década as alterações fiscais em Portugal acontecem “SÓ” todos os anos.

E Quanto pagam as empresas em Portugal de IRC? Pois…

É que na Irlanda a taxa é metade.

Os Irlandeses mesmo quando pediram ajuda financeira, e mesmo depois de pressionados para subir a taxa de IRC aplicado às empresas eles mantiveram os 12.50%.

Com essa atitude todos os anos vários milhares de milhões de euros ficam na Irlanda.

Das 500 maiores empresas Americanas, mais de 200 tem escritórios e sede, para a Europa na Irlanda.

Quanto pagaram de impostos na Irlanda empresas como GOOGLE; MICROSOFT; IBM ou COCA-COLA?

Não seria melhor afirmar que durante a próxima década vamos baixar 1% de IRC todos os anos?

Não seria esse um melhor incentivo a toda a economia? Levando Portugal a produzir mais, teria também a vantagem de dar um enquadramento estável aos nossos impostos, permitindo às empresas que possam estar a pensar investir na Europa, equacionarem Portugal!

Alguém julga que existem actualmente empresas com vontade de se instalar em Portugal.

É isso que tem de mudar.

Entre direitos adquiridos, justiça que não funciona, impostos que mudam anualmente, greves, feriados pontes e afins, sectores sem concorrência e protegidos pelo estado, estado com peso excessivo interferindo e influenciando todos os sectores da economia portuguesa.

Assim meus amigos, ninguém no seu perfeito juízo vem investir em Portugal, até 1 cego vê isto!

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