Muitos
empresários se queixavam à longos anos e as suas preces foram atendidas.
Para os
trabalhadores do privado que estavam no quadro da empresa era impossível serem
despedidos sem acordo, pois a justa causa era praticamente impossível e normalmente
favorecia o trabalhador.
Acabou! A
lei permite variadíssimas maneiras para o despedimento individual.
Na prática
atende aos pedidos de empresários que tendo 20 ou 30 trabalhadores, tem
igualmente 3 a 5 que fazem muito menos que os outros, levando a conflitos
internos. Mas até ontem esses trabalhadores não poderiam ser despedidos.
Agora já
podem…
Basicamente
temos os “empresários” e os “patrões” uns e outros vão ter a lei que sempre
sonharam, os broncos vão despedir a torto e a direito os outros vão despedir
aqueles que não criam valor.
O futuro
dirá quais são a maioria…
2 comentários:
Boas!
Ficámos próximos do sistema americano, que o patronato tanto defende.
Infelizmente, o sistema americano também está falido, eles lá estão com uma alta taxa de desemprego, 8,5 % e isso é a taxa oficial, porque na realidade a taxa é muito mais alta, lá também os desempregados de longa duração e que deixaram de procurar trabalho não contam para as estatísticas.
Os americanos só não estão pior porque lançaram na economia alguns triliões de dólares feitos a partir do nada.
Quanto a nós em Portugal, agora que temos leis a facilitar os despedimentos, supostamente a empregabilidade estaria facilitada.
Mas quem é que vai criar novos empregos?
Por um lado não haverá criação de emprego, e pelo outro haverá sim um aumento dos despedimentos, implicando isso um esforço maior de subsídios pagos pela segurança social, resultando assim num aumento de impostos para os poucos que ainda trabalham e descontam.
Andamos há mais de 10 anos a mexer nas leis do trabalho, sempre para o lado dos patrões, e qual foi o resultado? Cada vez mais precariedade, o dinheiro sai das bases para o topo da pirâmide, e da pirâmide para as bases pouco volta, provocando assim uma péssima distribuição da riqueza em Portugal.
Tal como a flexisegurança (eu chamava-lhe flexinsegurança) este sistema também não vai funcionar.
Boas!
Para "a coisa" resultar Portugal em peso teria de entender que temos sacrificios mas são a dividir por todos!
Como podem os Portugueses entender isso quando olham para a realidade?
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