Portugal já
é o 5º produtor mundial de lítio, mas como muitas vezes acontece apenas
vendemos os calhaus, para posteriormente serem transformados em fundições
ficando aí também grande parte do valor.
O mercado mundial do lítio valia em 2010 (8 mil milhões de Euros) e cresce a um ritmo superior a 30%/ano.
Como foi falado no capítulo anterior a procura de armazenamento de energia só pode aumentar com as novas construções e com a reabilitação urbana.
Como
falaremos mais adiante as nossas ilhas também vão desempenhar um papel
importante, mas isso fica para outro capítulo.
O importante
neste momento é que a indústria em Portugal vale cerca de 16% do PIB e tem diminuído
nos últimos 25 anos.
O aumento da indústria em % do PIB nas nossas exportações está directamente ligado ao sucesso de
Portugal.
Com a
transformação dos calhaus em lítio teremos mais uma Indústria a contribuir para
o PIB.
Juntando
isto uma fábrica para baterias já seriam duas industrias a contribuir.
A NISSAN
desistiu pois já possui duas fábricas de baterias e as perspectivas de venda de
baterias para carros eléctricos não é animadora para os próximos anos, mas se
juntarmos uma fábrica de transformação de lítio, o que falamos anteriormente
sobre reabilitação urbana e o que falaremos mais à frente sobre as nossas ilhas
não será certamente por falta de interessados que os projectos não avançarão.
Ligar estas indústrias
a I&D com as nossas universidades é fundamental pois a investigação cria
valor/novas aplicações e novos produtos.
Se as baterias
para telemóveis em 20 anos passaram de 15 kgs para 100 gramas é fácil entender
a evolução que terão nos próximos 20 anos no armazenamento de energia.
Notícia do Jornal Expresso
“A
preocupação das construtoras de automóveis é tão grande em relação ao lítio que
algumas já estão a entrar no capital social de algumas empresas mineiras em
várias zonas do globo. A nipónica Mitsubishi ainda recentemente tomou posição
em algumas empresas do sector extractivo, na área do lítio, em dois países da
América do Sul. Também a Toyota terá feito o mesmo, segundo algumas fontes do
sector automóvel.
Com estes
avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma
forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante
matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros eléctricos, que agora
desponta, não fique comprometida.”
3 comentários:
Tens razão, deveríamos ser nós a produzir aqui as baterias.
Neste caso nem sequer precisávamos de importar matéria prima, e por outro lado ajudaria imenso a equilibrar a balança de transacções.
Infelizmente em PT vendem-se as uvas para os outros fazerem os produtos de valor acrescentado..
Para mim o exemplo a seguir neste processo é a Suíça. Não tem praticamente recursos naturais.. importa quase todas as materias primas.. mas faz o melhor chocolate, faz os melhores relogios, tem industria hi-tech.. e para misturar alhos com bogalhos querem agora estabelecer um ordenado mínimo de 3200€ mensais.. muita prosperidade.
FD
A Suíça é o país europeu com maior % de indústria na economia...
Mudar só depende dos Portugueses...
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