São 520páginas a relatar basicamente mais do mesmo, como já aqui foi referido vezes sem conta as PPP’s são um ótimo negócio…
- Para as concessionárias;
- Para os Bancos;
- Para as
empresas de Construção Civil;
- Para os partidos,
para todos, todos ganham e o contribuinte no final assume todas as contas!
Não!
Chega de
corrupção, chega de pagar faturas de almoços onde eu nunca estive.
São mais de
42 mil milhões!
Rentabilidades
médias entre os 11% e os 14% ao ano?
Meus amigos,
não conseguimos pagar!
É tão
simples quanto isso.
Isto já não
é roubar o cofre, é levar o banco.
A história é
simples de contar, o governo quer apresentar obra, para variar, mais uma
autoestrada, mas como não tem dinheiro assume uma PPP e ao concurso respondem 5
consórcios cada um com o seu preço.
O governo
pega nos 3 melhores e inicia negociações particulares com todos, tendo a
intenção de melhorar as primeiras propostas apresentadas pelos concorrentes, no
final o preço a pagar e os riscos assumidos pelo estado são muito superiores às
propostas iniciais.
O Tribunal
de Contas chumba os projetos pois entre outras irregularidades segundo a lei é
ilegal as propostas finais terem preço e risco superior às propostas iniciais e
o preço tinha subido 705 milhões de Euros.
O que faz o governo?
- Primeiro
alega que devido à crise internacional as coisas mudaram e o financiamento é
mais difícil, o que era verdade.
Não avançar com
a obra?
- Nem pensar, esta e outras PPP’s
dão dinheiro a muita gente, então com um rasgo de inteligência próprio dos “espertos”
tenta enganar o Tribunal de Contas, remetendo para o Tribunal contratos com
preços inferiores ao da primeira proposta mas assinando outros contratos
paralelos com os bancos; concessionárias e construtoras em que assume
pagamentos por “compensações
contingentes” sobre as quais nada informa o Tribunal, este desconhecendo os
contratos paralelos dá autorização para a obra avançar…
“foi detetada a existência de acordos entre os Bancos
financiadores, as Subconcessionárias e a E.P., S.A., consagrando um conjunto de
denominadas “compensações contingentes”, as quais, nos termos acordados,
são devidas às subconcessionárias sem reservas ou condições e têm por objetivo
compensar as mesmas pelos custos financeiros adicionais sofridos, em resultado
da crise financeira internacional.
Note-se que
o valor atualizado dos encargos
previstos com os contratos reformados mais os encargos relativos aos invocados
acordos de “compensações contingentes” equivaleria, na prática, ao valor
atualizado previsto com os anteriores contratos – BAFO, que foram objecto de
recusa de visto por parte do Tribunal.
Importa ainda sublinhar que
aqueles acordos não foram referenciados no clausulado dos contratos
“reformados” nem sequer indicados como seus anexos e, também, não foram juntos
aos processos que foram enviados para o TC.”
Resumindo,
se somarmos o valor final da proposta ao valor das “compensações
contingentes” obtemos o valor da proposta final chumbada pelo Tribunal
de Contas, sendo portanto todos estes pagamentos ilegais, no mínimo…
Já me
habituei a ler os Relatórios do T.C. na Saúde, Nas Autoestradas, nas empresas
municipais ou municipalizadas, nos transportes, quem não se lembra da pequena
troca de ideias aqui realizada quando abordei os transportes?
É que a
história é sempre a mesma, mudam os protagonistas e siga a festa, pois o dinheiro
é para distribuir por poucos, mas acaba por ser pago por todos!
É a vida!
Isto só muda
quando alguém for preso, até lá é roubar à tripa-forra, o ZÉ Contribuinte no
final paga tudo!
O que eu não
entendo é que no meio de tanta cabeça pensadora entre mudar uma lei ou mentir
descaradamente ao T.C. e ocultar provas, escolheram o pior caminho.O pior caminho…num país normal!
Sem comentários:
Enviar um comentário