quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Portugal 2030 Os Velhos do Restelo


Caríssimos, depois de mais de 400 visualizações em 5 dias,
http://oportugalbipolar.blogspot.com/2010/11/portugal-2030-recuperacao-v-going-green.html

Venho por este meio agradecer todos os comentários,
Os bons e os maus, a todos o meu muito obrigado!
Se possível, agradecia igualmente sugestões tanto aos bons, como aos maus comentários,
São a favor, óptimo, mas tem sugestões adicionais? Duas cabeças pensam melhor do que uma, e as ideias que possam surgir de três, serão sempre melhores do que duas!
Ao contrário do nosso presidente, que em tempos afirmou "Nunca me engano e raramente tenho duvidas", eu como simples mortal, cometo muitos erros, e quanto às duvidas elas são enormes, e de toda a espécie e feitio!
Sobre os maus comentários… remeto para CAMÕES
Quem não acreditavam no sucesso da epopeia dos descobrimentos portugueses, e surge na largada da primeira expedição para a Índia com avisos sobre a odisseia que estaria prestes a acontecer:


94
Mas um velho, de aspecto venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:


95
- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
96
- "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!


97
- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
Os Lusíadas, Canto IV, 94-97

 

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